Visitantes

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE
ANO:12   JULHO/AGOSTO:2012   NUMERO:66

Conversando com o Mestre Aramirim / no salão

Discípulo: Sua benção Mestre. Como o senhor tem passado?
Mestre: Bem, com as Graças do Pai Supremo e você? 
 
Discípulo: Estou muito bem graças a Ele também.
Mestre: Hoje, saindo do nosso esquema de instruções, pergunto primeiro o seguinte: caro filho, você, como muitos médiuns do mundo, já deve ter passado por várias situações em seu Terreiro e talvez, ter vivido pessoalmente casos de difícil solução. Poderia me citar um destes casos?
 
Discípulo: Sim, já passei por vários. Sei que o senhor já viu e ouviu o que normalmente não vimos e nem ouvimos, não é? 
Mestre: Nesse meio umbandista nós já vimos e ouvimos coisas realmente impressionantes.  Testemunhamos algumas materializações no nosso antigo e hoje adormecido Terreiro. Lá houve curas comprovadas e soluções de problemas realmente difíceis, com centenas de testemunhas.
Marcante também foram as comprovações da verdade dos Oráculos Sagrados, verdadeiras bússolas a nortear caminhos corretos tanto para mim como para os filhos de santé e consulentes. O mais interessante é que esses fatos sempre tiveram testemunhas vivas, ao nosso lado, e nem sempre eram médiuns e sim pessoas comuns. Os fenômenos físicos atrelados a curas físicas, mentais e astrais
eram frutos da presente hora certa e da conseqüência de um preparo rigoroso.   A lei era cumprida e a dignidade da chefia e do grupo todo, aliado ao amor incondicional ao próximo, era a verdadeira razão da colheita de tão deliciosos produtos. 
É bom que se diga aqui que esses efeitos também se faziam presentes, de vez em quando, em alguns lares de “nossos” médiuns. Também muita coisa aconteceu no meu lar e que ainda são comentados até hoje, por meus familiares amigos e antigos vizinhos e freqüentadores de nossas Giras.

Discípulo: Existem coisas que me preocupam e uma delas é a questão dos ensinamentos tão necessários e reais, para os médiuns de Umbanda, tais como esses que o senhor tem me dado e eu tenho passado de graça.  E lógico que tudo exige cautela e dose correta.
Veja por exemplo que muitos médiuns não gostam de ler e estudar.  Até mesmo este processo facilitado como sistema de aulas que o senhor tem me dado e que é totalmente de graça não atraem certos irmãos do caminho. Preferem se arriscar. Assim temos irmãos que gostam de inventar o que não existe só para mostrar serviço. Alguns médiuns se deixam levar pelo profano e pelas coisas do mundo físico e não sabendo nada mesmo de útil ensinam coisas arcaicas, fantasias, que aprenderam onde foram filhos ou assistentes e que nada tem haver com a Umbanda real. O pior ainda são os que foram e são oriundos da chamada “zumbanda”. 
Eu falo abertamente e insisto sempre que essas aulas do modo que foram passadas pelo senhor, para nós todos, é coisa rara. Ninguém nos doou algo assim.
Mestre: Filho, os eletrônicos de hoje e o mundo material cheio de atrações físicas, para muitos chamados de médiuns é bem melhor do que tirar um tempo, por dia, para estudar o umbandismo e melhorar realmente seu mediuninismo. 

Discípulo: Confesso que eu e minha família usando, na teoria e na prática, o que temos recebido do Astral, através do senhor, trouxe retornos altamente positivos e se sairmos por aí contando isso abertamente, na certa, receberemos o adjetivo de mentirosos. 
Permita-me dar-lhe um exemplo: certa vez fomos procurados por um senhor que, após o desencarne de sua esposa muito querida, adoeceu. Era presente nele a falta de ar, palpitações, arritmias cardíacas, desânimo e outros sintomas. Os médicos apontaram depressão, entre outros diagnósticos. Depois de muito buscar, nos encontrou, e então me contou seu drama, entre lágrimas sentidas.
Esse sofrido irmão já havia passado por vários médicos, competentíssimos, tomou medicamentos, seguiu instruções, mas continuou se sentido mal. Então resolveu seguir o conselho de amigos e começou sua busca de um ou mais milagres. 
Tornou-se, então, mais um dos chamados “corredores giras”. Ia num lugar não resolvia, ia noutro.
Este acendeu muitas velas e tomou muitos banhos, freqüentou encruzilhada, foi até em cruzeiro de cemitério, tomou banhos de cachoeira, de mar, de fonte, de mina, e nada foi suficiente. Ponto de fogo passou por vários e nada resolveu.
Meio desnorteado resolveu seguir os conselhos de alguns amigos e parentes e foi em busca dos senhores pastores evangélicos e também não teve seu caso resolvido.
Uma pessoa amiga afirmou: “Fulano eu vou num lugar muito bom. Por que não vai comigo? E ele foi e também nada resolveu e ficou cada dia bem pior. Gastou um bom dinheiro e nada.
Com o passar do tempo, alguém informou sobre a minha pessoa e ele apareceu lá em casa, no nosso humilde Terreiro de Umbanda Esotérica.  
A Entidade amiga, que o atendeu, pegou seus dois pulsos, ficou em silêncio por alguns minutos e cantou um ponto suave. Descobriu na hora o porquê de tudo isso, para o espanto de quem ouviu e não está acostumado com a Verdadeira Lei de Umbanda. O irmão astralizado lhe disse que seu mal era a imensa saudade da esposa e esse era o motivo de suas doenças. Quando ela vivia na Terra eram um para o outro. E não eram muito chegados a espiritualismo ou espiritismo. Eram de fundamentos católicos e acreditavam que vida após morte só tem três caminhos, céu, purgatório e inferno, entretanto, não era bem assim. Ela, a esposa, estava sempre ao lado dele, com amor, mas sem condições nenhuma de ajudá-lo. A troca de energias era constante, mesmo após o desencarne e isso estava presente. Ela precisava seguir seus passos e não conseguia fazê-lo por causa do sofrimento dele que chorava, clamava, cobrava sua presença. Ela assim estava atada a ele. 
O Pai-Velho deu o diagnóstico em particular para nós: vampirização dupla!!!  Ela, de certa forma, sugava suas energias e ele também fazia o mesmo, apesar da diferença de viver em planos diferentes.
A partir daí, foi determinado um trabalho com ele e que também atingiria sua esposa. Foram dados esclarecimentos, comprovados e REAIS de como agir, o que foi feito. Sem ponto de fogo, excesso de banhos e idas nas encruzas, sem dezenas de velas acesas, etc. 
Hoje ele está forte e feliz. É o nosso atual presidente e que, diga-se de passagem, muito competente.
Sua esposa continua no Astral e também está em um lugar apropriado e já deu provas disso. Pois bem, Mestre, ambos estão curados. E tudo foi porque nós aprendemos com carinho suas orientações e colocamos os mesmos no nosso modo de viver no terreiro e na vida profana.

Mestre: Muito obrigado mesmo. Há muitos anos quem era muito doente era eu e ao encontrar a Umbanda certa, com filhos dedicados e estudiosos fui bem orientado.  Com o passar do tempo achei meu Mestre.  Diferentemente da maioria que tem essa oportunidade e não aproveita, pois está sempre trocando as Leis de Deus por alegrias profanas e usando de “coisas” ultrapassadas e centenárias de terreiros, cheio de lendas e crendices, estou hoje aqui mais uma vez, Graças ao Pai Supremo, perto de você. E desta vez fui aluno e você, caríssimo, foi o Mestre.   Parabéns! Que a Paz e a Luz Divina esteja sempre com você, comigo e com toda a humanidade. Até a próxima!

Discípulo: Eu é que agradeço por tudo. Benção meu inesquecível Pai e Mestre de Iniciação. Até a próxima!


Os Postulados(*) da Umbanda 
Por: W.W. da Matta e Silva (Fonte: Doutrina Secreta da Umbanda) 
(*) s.m. Matemática Princípio ou fato indemonstrável ou não demonstrado, cuja admissão é necessária 
para estabelecer uma demonstração. (Cf. axioma.)Tempo de exercícios e 
provações que antecede o noviciado nas casas religiosas.

7º Postulado
  (No que diz respeito ao rompimento do Carma-Causal, para gerar 
o Carma-Constituído ou a Evolução pelo Universo Astral).

 Cremos e ensinamos que nosso Carma-Constituído é uma conseqüência do Carma-Causal, próprio do Cosmos Espiritual. Existe em relação com a Causa. É um Efeito e, sendo assim, é justamente o que as diversas Escolas pregam como a Lei de Conseqüência.
Nosso Arcano Maior revela que essa Lei surgiu em conseqüência desse rompimento com a causa; e ainda diz mais, que foi por causa desse rompimento que o Deus-Pai criou o Universo-Astral... imprescindível como uma 2º VIA de Evolução, para os seres espirituais, quando do início das quedas ou das descidas para o outro lado do espaço cósmico, onde a substância existia e existe.
A Evolução dos seres espirituais por essa via é finita, isto é, obedece a uma reversão, a uma limitação, a um ponto final... E para que na mente do leitor fique bem claro esse Postulado de nossa Doutrina, convém acentuarmos os seguintes fatores:
 
a) que os seres espirituais viviam no Cosmos espiritual, nas condições ressaltadas no Postulado 5° (reler), isto é, que esse Cosmos era e é a 1ª Via Evolutiva, sujeita ao Carma-causal, e com direito ao uso do livre arbítrio.
b) que lá os seres espirituais não tinham veículos etéricos, nem gasosos, nem ígneos; não podiam apropriar-se dos elementos oriundos da substância, a fim de criarem formas ou corpos para uso;
c) que tinham estados de consciência distintos, vibrando no que já definimos como suas afinidades virginais, que são irreversíveis;
d) que essas afinidades virginais, ao se imprimirem sobre a substância, definiram esse duplo aspecto que veio a ser identificado como o do macho e o da fêmea.
Então, essas condições bem compreendidas, fica patente que houve, realmente, um rompimento cármico, uma desobediência ao sistema evolutivo original, que redundou, por sua vez, nesse sistema de lições, experimentações, provações, reajustamentos e reencarnações a que estamos habituados, po
rém, nunca por termos sido “criados simples e ignorantes” das coisas que o mesmo Pai iria criar, posteriormente, de Si mesmo, também, para nos servir de tentação e sofrimentos mil... Nunca o Pai, em seu infinito grau de perfeição, poderia criar condições que iriam, fatalmente, degenerar afinidades, ou seja, consciências, inteligências, sentimentos, nos aspectos morais já bastante citados, através de nossa "Preparação Psicológica".
Então, é quando a nossa Doutrina exalta a excelsa Bondade do Ser Supremo, reafirmando o aspecto correto de Sua Paternidade no sentido amplo de prover a educação moral-espiritual de todos os seres, com os elementos ou com os fatores indispensáveis, dentro da Via escolhida livremente.
Portanto, quando nós - os espíritos - resolvemos, no pleno uso de nosso livre arbítrio, romper com o carma-causal, abandonando a Via de Ascensão ou de Evolução Original, foi porque desejávamos definir, justamente, nossas afinidades virginais, nossa ideação, em aspectos mais objetivos, concretos; transformá-las de uma abstração persistente numa realidade viva, atuante... E sabíamos - nós, os espíritos que estávamos no Cosmos Espiritual - que somente poderíamos con-
seguir isso através da substância que existia "do outro lado" do espaço cósmico.
E assim é que se deu a nossa queda ao "reino da substância"... sem sabermos coisa alguma de concreto (por efeito daquilo que já se experimentou) a respeito dela - e mesmo porque não quisemos acreditar nos esclarecimentos dados - ignorando, portanto, o que iria surgir dessa ligação, corno, por exemplo, as suas terríveis injunções, os seus malditos efeitos, por via, é claro, dessa desejada pene
tração, dessa junção.
Não quisemos acreditar (portanto, ignorávamos) que a lei natural dessa substância, o seu moto próprio era o caos, isto é, sua natural manifestação não ia além dos estados de convulsionamento, de explosão, etc.
Desconhecíamos, assim, que essa substância não ia além de um 3º estado de transformação - a partir dela; portanto, jamais nos poderia fornecer os elementos que seriam imprescindíveis aos objetivos visados.
Dentro dessas suas condições naturais, porém limitadas, as nossas afinidades virginais jamais poderiam definir-se positivamente; jamais poderia produzir os elementos positivos e negativos, base dos futuros organismos, necessários para provocar "as reações ou sensações" daquilo que visávamos atingir - o orgasmo.
Em suma: a substância ainda não se transformava além desse 3º estado. Ela não produzia a luz, o calor, a eletricidade, o magnetismo como nós os conhecemos, sentimos e vivemos em relação a eles, não existia o 4º estado -  o chamado de irradiante; existiam os íons, mas sem serem potenciados como moléculas, etc.
Nessa situação, que remonta às origens das causas e dos efeitos, foi que o Deus-Pai agiu.
Diz-nos o Arcano, que o fez, como sempre, movido pela Sua Excelsa Bondade, visto os seus filhos - filhos de Sua Paternidade Moral, Espiritual - desobedecerem aos conselhos, às instruções dadas pelas Hierarquias Divinas, sobre a natureza da substância, não acreditando nas conseqüências dessa ligação. O que fizeram foi romper com o carma-causal, usando do direito ao livre arbítrio e se projetaram “como abelhas, para o lado onde dominava a outra natureza”. Foi esse rompimento, essa descida, chamada, alegoricamente, de “queda dos anjos”. E foi - conforme íamos dizendo - quando o Deus-Pai agiu, começou a Sua Obra, promovendo nessa substância as condições que iriam ser necessárias à formação de uma 2º VIA de Evolução - já que o fato estava consumado.
E isso o fez coordenando a lei natural dessa substância, a fim de se transformar num 4º estado e daí, ainda, no 5º, 6º e 7º, com as subtransformações próprias de cada um.
Nessa altura, podemos adicionar esse fundamento básico de nossa metafísica ou doutrina: ora, já temos explicado, por vários ângulos, que a natureza da substância não ia ao 4° estado e que esse foi um produto dessa coordenação do Poder Divino, e isso porque essa substância não tinha como dinâmica de sua natureza transformadora o que podemos entender como o eletromagnetismo positivo e negativo. Sem essas condições, como poderia ela se transformar nos elementos genéticos gerantes e geradores? Ou nos cromossomos X e Y?
E Deus-Pai, vendo que isso era imprescindível, dinamizou a natureza da substância, com a força vibratória de Sua Vontade, a fim de que pudesse, futuramente, fornecer esses ditos elementos genéticos, com a potência vital do que seria próprio do macho e da fêmea.
E assim começou a Sua Obra, com os fenômenos perfeitos da criação de todas as coisas.Daí foi que plasmou na substância o Arquétipo ou o modelo original de tudo que teria de surgir, "dentro desse lado do espaço-cósmico".
Daí foi que surgiu, conseqüentemente, o chamado, pela nossa Escola, Universo-astral - num incomensurável sistema de corpos celestes, sóis, estrelas, galáxias, vias-lácteas, etc., como obra mesmo da mercê divina, a fim de atenuar e propiciar os meios que tanto desejávamos, nós os espíritos que já estamos nele há milênios e milênios.
E, atenção, caro leitor: sem essa coordenação, sem essa mercê do Pai, estaríamos até agora, até esse instante em que você está lendo essas linhas, rolando pela imensidão cósmica, sujeitos aos turbilhões indirecionais, ao estado caótico dessa substância. Não teria havido reinos mineral, vegetal, animal e humano propriamente ditos.
Eis, portanto, em linhas gerais e essenciais, a origem dessa Lei de Conseqüência, ou de nosso carma-constituído, que foi estabelecido mesmo, não resta dúvida, para regular um 2º sistema de Evolução, por uma 2ª Via astral e material, a qual teremos que ultrapassar para o retorno ao Cosmos Espiritual.
Não resta dúvida também de que esse carma-constituído, que essa lei de conseqüência, foi uma disciplina imposta, e que se fez necessária, não para castigar duramente, implacavelmente, a nossa desobediência, o nosso rompimento com o carma-causal, mas porque, sabendo o Pai que fatalmente iríamos derivar nossas afinidades virginais, nossos estados consciencionais, em aspectos terríveis e imprevisíveis para nós (por ocasião da queda), e não obstante termos sido alertados sobre tudo isso, mesmo assim quisemos e descemos, fazendo questão do direito ao livre arbítrio - essa é que é a verdade nua e crua.
Então, dizíamos, essa disciplina cármica tinha que ser estabelecia, porque o Pai também sabia que iríamos criar, nós mesmos, uma derivação nas afinidades virginais de tal monta, em conseqüência das injunções do novo meio escolhido, que essa Lei teria que ser adaptada, de acordo com o novo sistema de "ações e reações" que iria surgir, como surgiu, de uns sobre os outros.
Entendamo-nos melhor: lá no Cosmos Espiritual havia amor sublimado entre os pares; havia "ações e reações", porém, completamente distintas das provocadas pela ligação com a natureza-natural... Os sentimentos naturais dos seres espirituais não vibravam na tônica que foram atingindo, paulatinamente, por força das coisas que a nova natureza penetrada ia facultando, assim como o gozo concreto, sob todos os seus aspectos carnais e materiais, geradores, por sua vez, do citado sistema de “ações e reações” de uns sobre os outros seres, e completamente inexistente naquela Via original do carma-causal.
E foi assim, por via desses fatores, que as lições, as experimentações e as provações surgiram, necessariamente, como processo de reajustamento disciplinar, através, principalmente, das condições mais desejadas, que a tornaram, naturalmente, nas mais usadas pela Lei Cármica e que são as reencarnações.
Que o leitor nos permita mais essa síntese retrospectiva: assim, cremos ter ficado bem claro que a substância-etérica (ou a matéria) com sua natureza distinta, extrínseca à nossa, de espírito puro, através de suas injunções naturais, ou seja, pela propriedade de poder condensar-se, teria forçosamente de afetar profunda e poderosamente a nossa ideação virginal, o mesmo que dizer: as nossas faculdades.
Tínhamos que sofrer, como ainda está acontecendo, o impacto desse novo meio, ou “modus-operandi”, porque, ao penetrarmos nesse “lado do espaço-cósmico”, caímos dentro de uma natureza cujas terríveis injunções nos eram desconhecidas. Tão terríveis que provocaram em nossa natureza-vibratória uma grande agitação e uma série de impressões novas, conseqüência desse contato, dessa ligação inicial.
E assim foi que, quanto mais vibrávamos, mais imprimíamos na substância nosso atordoamento, atraindo e imantando condensações etéricas disformes, isto é, sem obedecerem a uma aglutinação sistematizada.
Tanto é que fomos obrigados a passar por um outro sistema especial de aprendizado, quando as Hierarquias Superiores, obedientes à Vontade do Pai, criaram mais sistemas planetários e, no nosso caso direto, o planeta Terra.
Nesse planeta tivemos que passar (muitos ainda estão passando), ou melhor, estagiar nos “campos eletromagnéticos” próprios dos chamados reinos mineral, vegetal, para depois animar, mais diretamente, a vida instintiva da espécie animal, dada a existência do elemento sanguíneo, que nos foi de vital importância, pois à proporção que íamos vibrando na corrente sanguínea dos animais, íamos também sentindo determinados tipos de reações, em nosso corpo astral, já em formação, para que as Hierarquias estabelecessem um padrão sanguíneo distinto daquele e apropriado à consolidação de um organismo especial, que veio a ser o nosso - na condição humana.
Esperamos ter situado bem esse Postulado da Doutrina Secreta da Umbanda. Todavia, ainda temos que ressaltar o seguinte: os Livros Védicos e outros, do Ocidente, falam de 2 modos de evolução para os espíritos, porém deixam implicitamente compreendido nesses conceitos que um modo se processa pela via carnal, humana, material, e o outro modo é fora dela, ou seja, pelo astral do planeta Terra.
E ainda que fosse por qualquer sistema planetário do Universo, queremos que fique claro que mesmo assim estaria dentro do que já definimos como o Universo-astral. Portanto, ninguém fez referência, em livro nenhum, ao que também já definimos como o Cosmos Espiritual, ou 1" Via de Evolução.
No entanto, devemos confirmar também existir esses dois modos de evolução pelo Universo-astral e, no caso, pelo planeta Terra, porém da seguinte forma: mesmo que um ser espiritual se isente da reencarnação, pode continuar prestando serviços diversos no plano astral do planeta Terra ou mesmo de qualquer sistema planetário do dito Universo, no que redunda, de qualquer forma, em evolução.
Que o leitor não confunda esses 2 modos de Evolução que pregam, como sendo os mesmos de nossa Doutrina, inerentes ao que já situamos como do Carma-causal e do Carma constituído. Há que ver a distinção entre eles.
Então, dentro desses aspectos que temos ressaltado como do carma-constituído, admitimos três condições para a reencarnação: a) espontânea; b) disciplinar; c) sacrificial.
Então, situemo-Ias: na condição espontânea estão incluídos todos os seres que têm "passe-livre", sujeitos apenas ao critério das vagas, dentro de uma certa seleção ou coordenação de fatores morais, pelo mérito e o demérito, na linha de ignorância que rege os simples de espírito, os que não têm alcance mental, intelectual, etc.
Nessa condição cármica está uma maioria que encarna e reencarna, nasce e morre tantas vezes quantas possa, impulsionada, via de regra, apenas pelo seu mundo de desejos, que conserva e anseia por expandir no plano material.
Como condição disciplinar podemos situar aqueles seres, altamente endividados, conscientes e repetentes das mesmas infrações, como sejam: os velhacos e tripudiadores sobre a condição humana e mesmo astral de seus semelhantes; os hipócritas e fariseus de todos os tempos, como políticos corruptos e falsos religiosos, falsos profetas e falsos mentores: homens da indústria, das letras e da justiça terrena que, conscientemente, usaram do intelecto, do poder econômico, com arrogância, orgulho, vaidade, como instrumento de opressão física e moral. Esses não têm a ignorância dos simples de espírito a pautar-lhes o direito cármico, pelo mérito e demérito de suas ações. 
Entram no âmbito de uma coordenação disciplinar especial, não têm “passe-livre” para a reencarnação, nas condições relativas e desejadas. 
Tanto é que muitos e muitos não querem aceitar essa disciplina, rebelam-se e até usam de mil ardis para não descerem à forma humana debaixo de tais ou quais reajustamentos. Inúmeros são os que preferem as Escolas de Correção do Astral, por tempos e tempos, até quando sucumbem ao desejo das coisas carnais e materiais e pedem para encarnar assim mesmo... Ainda é necessário que situemos esse problema cármico assim: a) quando são obrigados mesmo a en-
carnar, nas condições adversas que não desejavam, a fim de sofrerem reajustamentos duros, dessa ou daquela forma (dentro do espírito do “semeia e colhe”), moral e fisicamente. Nós os vemos nos miseráveis de hoje, como os poderosos de ontem. Eles estão por aí, por toda parte, é só observar... e b) quan-
do, já arrependidos, escolhem livremente essas cita das condições.
E, finalmente, como a condição sacrificial podemos situar essa minoria, já evoluída, isenta da provação individual pela vida humana, isto é, livre das reencarnações.  Dentro dessa minoria, se fossem identificados, na certa que os veríamos como os missionários de todos os tempos, como os mentores e reforma-
dores morais e religiosos e ainda em duras tarefas, escolhidas livremente, dentro da tônica fraternal elevada que lhes é própria. 
Enfim, podem reencarnar sem injunções do Tribunal Astral competente, obedecendo tão somente à linha de amor e caridade que trilham.
Acresce dizer mais sobre ser sacrificial, voltar à condição humana,  porque, no plano astral, essa minoria evoluída desempenha tarefas importantes em vários setores; lidera movimentos de alto significado astral sobre a vida humana, coordena escolas, grupos de socorro de toda ordem, etc.
Agora, irmão, que você acabou de ler esse Postulado 7º, veja e estude a figuração apresentada, que ela lhe dará uma imagem mental mais objetiva, acrescida das quatro explicações resumidas. Depois disso, volte a ler os Postulados 5º e 6º, com mais calma, que sua ideação se integrará em nosso pensamento, em nossa Doutrina.



As oferendas na Umbanda

 Na Umbanda, dentro das práticas ritualísticas, as oferendas possuem um importante papel, pois, muito mais que a mera intenção de agradecer, louvar ou agradar, no intuito de receber auxílio para determinado objetivo, elas constituem trabalhos de MAGIA.

Através destes trabalhos são movimentadas determinadas forças e energias, encerrando os ensinamentos magísticos da cabala, da magia mental, magia das cores, do som, dos elementos e da astrologia.

Nenhuma oferenda deve agredir a Natureza, sob qualquer aspecto, portanto, não devemos deixar garrafas, lixo ou materiais que a Natureza não absorva.

O verdadeiro adepto da Umbanda deve ter respeito à Natureza e a todas as formas de vida, por isso deve utilizar núcleos vibratórios específicos e materiais que tenham interação com o meio ambiente, oriundos dos reinos mineral e vegetal e jamais extirpar vidas animais nas oferendas. 

Na verdadeira prática da Umbanda, que é trabalhar visando o amor ao próximo, não se sacrifica ser algum da Criação, isso inclui seus irmãos menores e irracionais. Tais práticas são desumanas, produto de atraso evolutivo e destituídas de qualquer utilidade para o progresso dentro da Lei. 

O sacrifício de animais é um contra senso, um paradoxo, pois se choca frontalmente com a regra básica de todo ser espiritualizado:

 “ama o teu próximo como a ti mesmo”. 

Essa Lei está implicitamente ligada àquela outra que diz:

“não matarás”!

 E ainda, há uma regra na magia que diz o seguinte: toda oferenda que estiver firmada em sangue, carnes sangrentas ou com animais abatidos ou sacrificados, sejam de 2 pés (galos, galinhas, patos, etc.), sejam de 4 pés(bodes, cabritos, cágados, etc.) são de ligação mágica inferior, grosseira e apenas encontram campos de afinidade dentro da chamada magia negra.

Nos trabalhos realizados na Umbanda, utiliza-se materiais naturais, que não agridam a natureza e tenham interação com o meio, tais como ervas, raízes, doces, conchas, pedras, fumo, essências, óleos, azeites e bebidas como vinho, cerveja, champanhe, cachaça, etc.

Também são utilizados copos e pratos, que devem ser preferencialmente de madeira, louça ou papel; fitas e panos que devem ser de algodão.

Nas oferendas utilizamos elementos que concentram muito prana tais como vegetais, frutos, flores, folhas, sementes mel e azeites.

As velas são utilizadas em todos os trabalhos, como símbolo do fogo e para sua fixação, pois sem o fogo não há magia.

 Oferendas aos Caboclos de Yemanjá 
Melhor dia: Segunda-feira - Horário: Hora da Lua
Local apropriado: Praia, onde as ondas não destruam o preceito. 
Obs: é um erro jogar o preceito dentro das águas do mar.

Material
Alimentos: moquecas de peixe; postas de peixe de escamas; camarão seco; arroz-doce; polpa de côco maduro; leite de côco.
Frutas: Kiwi, melão, uva Itália.
Bebidas: vinho com aniz ou água de côco verde
Flor: Rosas branca, rosa e amarela; Manacá; Açucena; Palmas amarela e rosa; Violeta amarela, Orquídeas; Copo de Leite.
Erva: folha de bananeira 
Recipientes: Pratos/travessas, tigelas e pires branco de louça, madeira, palha ou papelão.
Pemba: Branca.
Toalha: Pano de 50 x 70 cm na cor amarelo ou prateada.
Velas: Pares para pedidos de ordem material e ímpares para pedidos de ordem moral, espiritual, etc.
Perfumes: de qualquer natureza; 
 
Arrumação
Fritar as postas de peixe em óleo vegetal e depois ensopar em leite de côco; colocar em travessa forrada com folha de bananeira; fritar os camarões secos em óleo vegetal e colocar em prato forrado com folhas de bananeira.  Os pedaços de côco e arroz doce, colocar em pratos de louça cobertos com folha de bananeira. A bebida  (vinho com aniz ou a água de côco verde) colocar em tigelas brancas; colocar o perfume em um pedaço de algodão e depositar sobre o pano para espalhar o aroma. Depositar as velas em pires brancos e colocar sobre o pano.

Obs.Grau de Guias: só aceitam flores e velas na toalha.

Ponto Riscado


 

2 comentários:

Unknown disse...

ATÉ QUANDO FICAREMOS QUIETOS???

O pesquisador, estudioso W.W. da Matta e Silva fora oriundo da Encantaria (Catimbó do Agreste) nascido em Pernambuco, ainda jovem fora iniciado sob as louvarias dos Mestres, Mestras, Príncipes e Princesas nos fundamentos do Culto de Jurema, tornando-se um grande Juremeiro, mateiro, erveiro, benzedeiro, rezadeiro, raizeiro e feiticeiro.
Por intermédio de seus Mestres, em especial Juremá (que no terreiro de Umbanda se denominou Caboclo Juremá) conheceu várias pajelanças e seus erós...

Fonte:http://sacerdotemedico.blogspot.com.br/

Rogério Corrêa disse...

Meu irmão esa questão já foi respondida. veja edições antigas e o Site: umbandadobrasil.no.net

Quem usar a lógia e a razão,sabe que tudo que este senhor diz não corresponde a verdade, cego guia de cego.

Paz Profunda.

Itayubá