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domingo, 11 de novembro de 2012

DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE
ANO: 12  SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO:2012  NUMERO:67


Conversando com o Mestre Aramirim / no salão


Discípulo: Salve meu pai, amigo e irmão! É sempre muito bom encontrar com o senhor e como sempre fazer várias perguntas e receber tantas respostas acertadas pois assim tem sido desde Junho de 2007. Espero que possamos nos encontrar ainda muitas vezes na Terra.


Mestre: Pai Orixalá o abençoe agora e sempre. Caro filho, amigo e irmão, enquanto o nosso Pai Supremo, Senhor dos Mundos e de todos nós, permitir continuaremos a nos encontrar.

Discípulo: O senhor viu que o censo publicou através dos meios de comunicação, neste ano? Ali existe uma afirmação de um crescimento muito grande de católicos e evangélicos e uma diminuição de umbandistas e espíritas. Qual sua opinião sobre tal?

Mestre: Sim. No caso da Umbanda, ao longo de mais de 50 anos que estou nela, vejo que a mesma está sendo alvo das interpretações mais confusas e desconexas. Há muita coisa incorreta e ainda aliada ao animismo bravo. Recordemos que o Mestre Matta e Silva, por ordem do Astral, apontou para exemplificar o Movimento Umbandista, uma moeda em suas mãos, segurada por dois dedos e ainda apontou seus dois lados: “cara” e “coroa” e aproveitou o exemplo para explicar que numa face só possui aspectos internos, pouco atuante junto a população umbandista e a outra face, a da cara, é o lado externo, exotérico, público, aberto, e sempre teve a maior quantidade de praticantes e frequentadores.

No aqui exemplificado como coroa, temos poucos que a buscaram e a reencontraram nesta vida e esses raros estão nela por laços de afinidade que o tempo não destruiu.

Os não possuidores dos referidos laços então não se afinam corretamente e não conseguem ser fiéis ao que juraram em nome de Deus e de Jesus e até mesmo pela sua própria honra, aos pés da Santa Cruz de um de nossos Congás, no dia da sua Iniciação.

Geralmente esses tipos de médiuns são interiormente estranhos à Lei da Coroa e conseguem ter os mesmos pensamentos de suas vidas anteriores, atitudes e fala só exotericamente (lado da cara, o externo, aberto, público) pois seu espírito é divagador e tem dificuldades para cumprir ordens. Tudo por serem muito orgulhosos, convencidos e bastante displicentes perante a Lei de Umbanda Real. A marca principal de identificação deste tipo de perjuro é a vaidade que sempre se apresenta na sua particular “invenção” de moda. Ele tem a necessidade de estar sempre copiando “coisas” vindas dos sub-planos da Umbanda legítima. Diz coisas infelizes e preocupantes.

Este que se diz esotérico, mas na realidade só por fora, pois ele é exotérico por dentro, não cumpre realmente aquilo que jurou na sua iniciação, voluntariamente. Não consegue ser simples, pois uma coisa que os incomoda é o chamado ostracismo e assim ERRAM DE PROPÓSITO.

A dificuldade no cumprimento da Lei é tanta e o impulso da vaidade é tão grande que não aceita conselhos, ou finge que aceita, e sabe que seus erros são graves, mas não muda pois para ele é sinal de fraqueza. E por causa disso não liga para o que possa acontecer energeticamente com seus médiuns e seus familiares. Até mesmo em seus rituais é notória a divagação e a quebra da Lei.

Chegam ao ponto de trair quem os iniciou e foi o seu avalista nisso.

Para entendermos a positividade, firmeza e a continuidade dos fundamentos básicos da Umbanda Esotérica, sem invencionices, modismos e arcaísmos é preciso ser esperto no assunto e frequentador e também ótimo observador de tudo, principalmente no que acontece na vida dos médiuns e do próprio terreiro. É lógico que frequentando só a assistência dá para ver somente um pouco dos erros e nada mais do que isso.

O Filho-de-Santé de Verdade, não faz nada mesmo que vá de encontro ao que jurou defender, no dia da sua Iniciação, aos pés da Santa Cruz, tendo seus irmãos e irmãs de terreiro como testemunhas do seu Juramento Voluntário. Este, leva a Lei e regras que lhe foram passadas pelas Entidades comandantes do Templo-terreiro, nos livros do Grão-Mestre Matta e Silva, e também nas aulas e ainda nos exemplos do seu Mestre ou Sacerdote. É um exímio cumpridor da Lei. Ele sabe e ainda se lembra de tudo que jurou defender. em nome de sua honra e pelo bem de todos, não só o seu.

O Evangelho de Jesus afirma: “A cada um de acordo com sua obra” e isto é similar ao “semelhante atrai semelhante”. Então? Espírito de luz não baixa em médium de luz mortiça e complicada e ainda inventor de moda e misturador de regras e displicente.

Tudo isso é um estado de alma do médium. E na realidade quem quiser saber quem ele é, na realidade, é só observá-lo bem. A todo o momento sua máscara cai mostrando sua verdadeira alma, o seu espírito e suas idéias mirabolantes e super vaidosas.

Atrevo-me a dizer que no meio da Umbanda Esotérica, conhecida também como Aumbhandam, “existem os chamados estranhos no ninho”. Esses só vieram em busca de algo para se auto afirmar no meio. Os médiuns que querem virar estrela ou cometa luminoso nos céus da Umbanda. Se acham melhores do que a maioria dos médiuns que são responsáveis e não perjuros. Grandes astros e se gabam possuírem muitos médiuns como satélites. E para isso são capazes de fazer e inventar e enganar.

Em vez de tirarem de suas horas de lazer para estudar, ficam buscando misturas que impressionam a quem os segue.

Na realidade só não conseguem ficar escondidos para os bons observadores que podem vê-los como são de verdade .Esses tipos de soberbos se banham muito com a quinta e sexta lágrima de Pai Guiné, carregam para todo lado a última descrita assim por Pai Matta e Silva: “ E a sétima , filho, notaste como foi grande e como deslizou pesada? Foi a ÚLTIMA LÁGRIMA, aquela que “vive” nos “olhos” de todos os Orixás; fiz doação dessa aos vaidosos, cheios de empáfia, para que lavem suas máscaras e todos possa vê-los como realmente são...

“Cegos, guias de cegos”, andam se exibindo com a Banda, tal e qual mariposas em torno da luz; essa mesma LUZ que ele não conseguem VER porque só visam à exteriorização de seus próprios “egos”...

“Olhai-os bem, vede como suas fisionomias são turvas e desconfiadas; observai-os quando falam doutrinando”; suas vozes são ocas, dizem tudo de “cor e salteado”, numa linguagem sem calor, cantando loas aos nossos Guias e Protetores, em conselhos e conceitos de caridade, essa mesma caridade que não fazem, aferrados ao conforto da matéria e à gula do vil metal. Eles não têm convicção”.

Como diz um irmão Guardião: “Nem tudo que pia no mato é pássaro ou ave alegres e felizes, na realidade muitas vezes os piados são de cobras ou serpentes atraído sua vítimas para desgraça e muito sofrimento.

Vá meu caro filho de santé, amigo e irmão do caminho com a paz de Jesus no coração e na vida. Sei que você é um filho correto, humilde e cumpridor da Lei e tem a consciência limpa. Rogo as benção do Pai Supremo e da Sublime Mãe Umbanda para você e seus familiares.

Discípulo; Muito obrigado por mais uma instrução. Uma bússola digna de orientação correta. É uma pena ver, no nosso meio, tantos com capacidade e conhecimentos invejáveis que lhes foram doados como um presente por seus esforçados e dedicados mestres ou sacerdotes e os trocam por negligência, egoísmo e indisciplina por outros ensinamentos recheados de ilusão e que não são ruins, mas não tem nada mesmo a ver com a real Umbanda Esotérica da Raiz de Guiné. Além de tudo isso está aliado a falta de real amor ao próximo e seus próprios filhos, que confiam neles e com o passar do tempo percebem que estão sendo enganados e por decepções se afastam do nosso meio. Sua benção. Muito obrigado por tudo.

Mestre: Pai Orixalá o abençoe agora e sempre.


Respondendo perguntas

Recebemos a seguinte pergunta de um irmão de fé Rio Grande do Sul.

Caro Sr. Rogério, parabenizo-o pelo site “Umbanda do Brasil” e pelo informativo “Aba Tinga”, os mesmos vêm trazendo luzes e informações sobre a Umbanda preconizada por W. W. da Matta e Silva...

Peço que esclareça uma dúvida: nos livros Doutrina Secreta da Umbanda e Umbanda do Brasil, os desenhos da Cruz da Corrente Astral de Umbanda saíram diferentes, os sinais saíram invertidos.

Qual modelo devo seguir?

Flávio.

Claro irmão Flávio, abaixo reproduzi cópias do desenhos em questão


Esta é a que foi publicada a partir da segunda edição da obra Doutrina Secreta da Umbanda.










Esta foi publicada no livro Umbanda do Brasil.










Podemos observar que os sinais saíram diferentes em cada edição, um para esquerda e outro para a direita, como em um “efeito espelho”.

Ambas as guias estão corretas, pois ambas continuam representando os Sagrados Mistérios da Cruz e o Signo Cosmogônico.

Os sinais não perderam seus valores. Vamos dar um exemplo: a chave e a flecha que identificam a banda dos Pais Velhos, na leitura de um ponto riscado, têm significados diferentes, quando se encontram virados para a esquerda ou para a direita, todavia, continuam identificando a mesma banda dos Pais Velhos. Desta forma, posso afirmar que não se altera o valor da Guia.

Peço desculpas por não poder aprofundar estas questões sobre os sinais à esquerda e à direita, em um informativo aberto ao público, mas espero ter respondido às suas dúvidas.

Abro este espaço para outras pessoas enviarem perguntas para o e-mail rogeriocorrea@oi.com.br.

Paz profunda!

Rogério (ITAYUBÁ)


Oferenda às Crianças (Yori)

Melhor dia: Quarta-feira - Horário: Hora de Mercúrio

Local apropriado: campo aberto em lugares floridos.

Material

Alimentos: cuscuz de côco; canjiquinha de milho verde; manjar; doces diversos;

Frutas: (morango, banana, amora )

Bebidas: guaraná ou água de côco verde ou vinho com mate açucarado;

Flor: crisântemo branco, flor de alfazema, margarida, flores miúdas.

Erva: Abre Caminho, Alfazema, Amoreira (folhas), Anil (folhas), Arranha Gato, Capim Pé de Galinha, Capim-limão, Carapiá (folhas), Crisântemo branco (folhas ou flores), Erva de São Jacó, Erva-pombinha, Manjericão, Maravilha (folhas), Melão de São Caetano (folhas), Quina-Roxa (folhas), Salsaparrilha, Suma-Roxa, Verbena (folhas)

Recipientes: Pratos/travessas, tigelas e pires branco de louça, madeira, barro, palha ou papelão.

Pemba: Branca.

Toalha: Pano de 50 x 70 cm na cor vermelha

Velas: Pares para pedidos de ordem material e ímpares para pedidos de ordem moral, espiritual, etc.

Arrumação

Arrumar tudo em vasilhas de louça.

Grau de Guias: só aceitam as flores e as velas sobre a toalha.

Perfume: Benjoim, Alfazema, Verbena


Ponto Riscado



100 Recomendações para a Vida

Descubra seu maior defeito e disponha-se a corrigi-lo.

Escolha até três exemplos de vida e determine-se a segui-los.

Tenha força e sabedoria para resistir às tentações do mundo.

Cultive a força da tolerância de forma a compreender, aceitar, assumir responsabilidades, ter determinação e melhorar as circunstâncias externas. Então, passe a cultivar a tolerância pela vida, a tolerância por todos os darmas e a tolerância pelos darmas não-surgidos de maneira a transformar o cultivo da tolerância em força e sabedoria.

Aprenda a se adaptar à pressão externa e não se deixe afetar por ela.

Seja ativo e destemido. Pense antes de agir.

Envergonhe-se do que ignora, do que é incapaz, do que o torna impuro e rude.

Faça com frequência algo que toque o coração das pessoas.

Sinta-se bem sob qualquer circunstância, siga as condições corretas, esteja sempre livre de aflições e faça tudo com alegria no coração.

Ser corajoso e virtuoso é ter a capacidade de admitir os próprios erros.

Aprenda a aceitar perdas, falsas acusações, contratempos e humilhações.

Não inveje aqueles que praticam boas ações ou dizem boas palavras. Tenha sempre na mente, bondade e beleza.

Não empurre os outros para a beira do abismo; ao contrário, dê-lhes espaço para recuar -- um dia eles poderão lhe ajudar.

Sirva àqueles que desejam fazer o bem, compartilhe um objetivo. Favoreça os outros e respeite seus anseios.

Seja amável e humilde ao relacionar-se com as outras pessoas. Expresse bondade em seu semblante e em sua fala.

A capacidade de doar traz abundância verdadeira.

Importe-se apenas com o que é certo ou errado; não se fixe em perdas e ganhos.

Deixe de lado pensamentos egoístas e dedique-se à justiça, à verdade e ao bem comum.

Viaje pelo mundo sob o céu estrelado. Vivencie a prática da procissão de mendicância pelo menos uma vez na vida.

Abra mão de todas as suas posses ao menos uma ou duas vezes na vida.

A cada quatro ou cinco anos, empreenda uma viagem sozinho.

Não se deixe cegar pelo amor. Não se traia por dinheiro.

Não bata de frente com as coisas – aprenda a arte de ser sutil.

Não há êxito sem persistência, diligência e determinação.

Desenvolva autoconfiança, expectativas em relação a si mesmo e metas pessoais.

Procure ouvir boas palavras e jamais esqueça o que elas significam.

Não desperdice o seu tempo. Faça planos e use o tempo com sabedoria.

Seja sempre sensato, pois a sensatez é imparcial e igual para com todos.

Lembre-se dos erros cometidos. Tenha-os sempre em mente para não repeti-los.

Seja qual for a sua função, desempenhe-a bem. Não olhe para os lados.

Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.

Não se apegue ao passado. Olhe sempre adiante.

Lute sempre pelos seus objetivos e vá longe.

Planeje sua carreira, use seu dinheiro com sabedoria, purifique seus sentimentos e não se apegue a fama e riqueza.

Desenvolva compreensão e visão corretas. Não se deixe levar cegamente pelos outros.

Renuncie a apegos insensatos e aceite a verdade com mente humilde.

Não faça intrigas nem espalhe rumores. Não se deixe influenciar por eles.

Aprenda a desenvolver sua mente, reformar seu caráter, recuar e dar guinadas na vida.

Cultive méritos por meio de doações que estejam de acordo com sua capacidade, função, disposição e condição.

Creia profundamente no Darma e contemple todas as virtudes. Nunca faça o mal; pratique sempre o bem.

Não culpe os céus nem os outros por sua infelicidade, pois tudo tem sua causa e seu efeito.

Pense no bom e belo ao invés de pensar no que é triste e penoso.

Conquiste ao menos três tipos de habilitação ao longo da vida, como, por exemplo, para guiar automóveis, cozinhar, digitar, cuidar de enfermos, exercer a medicina, o magistério, o direito, a arquitetura etc.

Aprenda a articular bem a fala e a escrita. Aprenda a ouvir, a apreciar, a pensar, a cantar, a pintar e a desenvolver habilidades. Quanto mais se aprende, melhor. Aprenda, ao menos, metade disso tudo.

Leia ao menos um jornal por dia, para se manter em dia com o mundo.

Leia pelo menos dois livros por mês.

Mantenha uma rotina diária.

Cultive hábitos regulares de sono e alimentação.

Pratique exercícios físicos.

Mantenha-se longe de cigarro, álcool, pornografia e drogas. Administre e controle sua própria vida.

Pratique meditação por, pelo menos, dez minutos todos os dias.

Passe, pelo menos, metade de um dia sozinho, uma vez por semana.

Ao menos uma vez por mês, pratique o vegetarianismo, para nutrir seu coração de compaixão.

Ajude os outros e faça o bem sem esperar nada em troca.

Compartilhe sua alegria e compaixão com os demais.

Mantenha a capacidade de se auto-avaliar sob qualquer circunstância.

Reze pelos desafortunados, onde quer que você esteja.

Seja preciso em suas observações. Considere todos os ângulos e seja tolerante e compreensivo em relação aos outros.

Aprecie a vida, cuide dela e não a maltrate jamais.

Use seu dinheiro e suas posses com sabedoria. Não desperdice nem gaste demais.

Em tempos de alegria, contenha a sua fala; no infortúnio, não despeje sua raiva sobre os outros.

Não enalteça seus próprios méritos nem aponte os erros alheios.

Não inveje nem suspeite. Méritos advêm das realizações e da ajuda aos outros.

Não seja ganancioso em relação às posses alheias, nem mesquinho em relação às suas.

Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.

Não fique sempre pedindo ajuda aos outros. Busque ajuda dentro de si mesmo.

Faça de sua própria conduta um bom exemplo. Não espere benevolência dos outros, mas de si mesmo.

Cultivar bons hábitos é a melhor maneira de manter uma vida íntegra e saudável.

É melhor ser não-inteligente do que não-compassivo.

A mente otimista é contemplada com um futuro brilhante.

Construa seu próprio destino. Corra atrás das oportunidades ao invés de esperar que elas caiam do céu.

Controle suas emoções e seu humor: não se deixe levar por eles.

Elogio e ofensa fazem parte da vida. Não se apegue a eles – conserve sempre a paz interior.

A doação de órgãos ajuda a prolongar a vida além de propiciar recursos para as vidas de outros seres.

Ouça o que os outros têm a dizer e anote a essência do que eles dizem.

Olhe para si mesmo antes de acusar os outros. Somente uma avaliação honesta de seus méritos e deméritos lhe dá o direito de julgar os demais.

Cumpra suas promessas.

Não viole o direito dos outros para beneficiar a si próprio. Favorecer os demais, às vezes, é imperioso.

Não sinta prazer em ridicularizar os outros. Ao contrário, aprenda a fazê-los felizes.

Não critique, por inveja, a benevolência do outro. Respeite-o e siga seu bom exemplo.

Não use de traição para obter vantagens.

Os privilégios devem, antes de tudo, ser oferecidos às outras pessoas.

Aprenda a aceitar as desvantagens. Saiba que, na verdade, elas são vantagens.

Não se apegue a perdas e ganhos. Não faça comparações entre o que você e os outros têm ou deixam de ter.

Seja sincero, impetuoso e educado.

Harmonia, paz e tranquilidade são a chave para o relacionamento com as pessoas.

Respeito, reverência e tolerância são a tríade para manter boas relações com o mundo.

A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranquila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.

Relacione-se com pessoas virtuosas e bons mestres.

Não contamine os outros com sua tristeza, nem leve preocupações para a cama.

Busque prazer e alegria em tudo o que faz, e transmita isso a todos.

Seja grato aos benevolentes e aos que prestam auxílio. Deixe-se tocar por seus atos virtuosos.

Dê um toque de serenidade a tudo o que você fizer na vida.

Não existe dificuldade ou facilidade absolutas. O esforço transforma dificuldade em facilidade, enquanto a indolência torna o fácil difícil.

Ajude seus vizinhos e sua comunidade e participe dos eventos locais. Assim, você se tornará um voluntário da humanidade.

Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz nada mais que desvantagem.

Aproxime-se de mestres virtuosos. Ouça-os, seja leal e não os desacate.

Ajudar os outros é ajudar a si mesmo. Ter consideração pelos outros significa cuidar e amar a si próprio.

Dê aos jovens oportunidades e ofereça-lhes orientação sempre que necessário.

Cuide de seus pais e seja amoroso com eles.


A MAGIA E A MOVIMENTAÇÃO BÁSICA DE FORÇAS PELA INFLUÊNCIA LUNAR
Por: W. W. da Matta e Silva, extraído da obra Doutrina Secreta de Umbanda

Irmão Iniciado: ninguém e nenhum operador pode executar uma operação mágica de movimentação de forças pelo seu ângulo correto, através de batismos, afirmações, "amacis", descargas ou mesmo de qualquer espécie de trabalho pela Corrente Astral de Umbanda, sem que conheça a influência oculta das fases da Lua e o que elas podem particularizar.

Nenhum operador consciente deve arriscar-se com as forças cegas da natureza astral e espirítica, sem se pautar neste dito conhecimento oculto.

Assim, vamos levantar nessa aula, para você, irmão iniciado, certo "segredo vibratório" da influência lunar (básica na magia).

E para o seu perfeito entendimento mágico, comparemos a Lua a uma mulher, isto é, a uma jovem solteira, que depois fica noiva, casa e é fecundada (fica grávida) e dá à luz, ou seja, "despeja de seu ventre" o produto ou a seiva vital que recebeu (ou melhor, sugou), acumulou, transformou para, a seguir, esvaziar sobre o planeta Terra, do qual- como se sabe - é o satélite.

Então, é de conhecimento primário que a Lua se manifesta em quatro fases: estado de NOVA; estado de CRESCENTE; estado de CHEIA; estado de MINGUANTE. Em cada uma dessas fases ela leva praticamente sete dias.

Essas quatro fases você deve dividir em Duas Grandes Fases: De Nova a Crescente, deve considerar como a Quinzena Branca: nessa quinzena ela está sempre em estado positivo. Toda operação mágica de ordem elevada, como preceitos, batismos, afirmações, confirmações diversas, certos trabalhos para fins de benefícios materiais, certos trabalhos que impliquem descargas, por demandas, e que envolvam oferendas, confecções e preparações sobre "guias ou colares", talismãs ou patuás diversos, só devem ser movimentados ou executados dentro dessa dita quinzena.

De Cheia a Minguante considere como a Quinzena Negra; nessa quinzena deve levar na devida conta que a LUA está sempre com sua influenciação do lado negativo, ou no aspecto passivo, para todas as coisas.

Isso ficando bem entendido, vamos definir, agora, suas influenciações fundamentais para efeito de Magia ou para uma correta sequencia de operações mágicas dentro de uma especial e particular comparação.

a) A LUA, na fase de NOVA, está como uma moça saudável, cheia de vitalidade, que irradia desejos, e sempre disposta.

Ela, assim, está plena de energia, em estado de expansão e de atração, porque tem para dar. É desejada, porque pode dar sua seiva sexual em condições de pureza, virgindade, pronta para se transformar, enfim, para ser fecundada.

Nessa fase de Nova, a Lua esparrama a sua seiva (os seus fluidos eletromagnéticos) vital sobre todas as coisas, especialmente nos vegetais, que recebem os elementos revitalizadores de sua energia purificadora.

Nessa fase é quando verdadeiramente se deve colher os vegetais ou as ervas mágicas, terapêuticas. Portanto, é quando se devem preparar os "amacis", os banhos diversos e secar as ervas para os defumadores (secar à sombra).

Ainda dentro dessa fase é que se deve rigorosamente movimentar certas operações que impliquem preparações de médiuns e todos os trabalhos que se enquadrem em confirmações, preparações, batismos, cruzamentos de "congá" e, sobretudo, todas as operações mágicas ligadas a oferendas para fins materiais ou de benefícios pessoais, financeiros, etc. Finalmente: todo trabalho ou operação mágica para ficar firme mesmo - ter firmeza duradoura - e se conservar em sigilo e na força dessa condição deve ser feito nessa citada fase. E ainda: todo preparo com as ervas só deve ser feito com as folhas, quer para uso terapêutica propriamente dito, quer para os banhos, defumadores, etc., porque o fluido lunar, nessa fase, puxa e concentra mais a seiva dos vegetais para as extremidades, isto é, para as pontas.

b) A LUA, na fase de CRESCENTE, é como a moça que continua a expandir-se, a dar e irradiar energia, porém o seu vigor sexual, ou a sua seiva, já sofreu uma transformação; foi fecundada. Recebeu novas energias de acréscimo e se bem que continue em estado positivo, os seus fluidos, o seu vigor, não estão mais naquele estado de pureza inicial.

A rigor, não serve mais para nenhuma operação que implique apreparação de médiuns, através de afirmações, "amacis", etc.

Serve para toda e qualquer ordem de trabalho material ou que implique em fazer prosperar um sistema de negócio, uma melhoria comercial, etc.

Também é boa para afirmação de terreiro, cruzamento de "congá" com inauguração, como também se presta para o preparo de patuás ou talismãs.

Nessa fase, todo movimento com o preparo das ervas, para qualquer finalidade, deve-se dar preferência aos vegetais cujo valor terapêutica ou mágico esteja mais indicado ou encontrado nos galhos, nas cascas, nos caules ou nas hastes.

O fluido lunar, na Crescente, puxa e concentra mais a seiva dos vegetais nos meios ou nos elementos intermediários, isto é, nas ditas hastes, talos, etc.

Essas são as especificações gerais para as operações mágicas e suas finalidades, dentro da Quinzena Branca (a Lua na fase de Nova e Crescente).

Item especial: se o médium magista, de acordo com o caso em que vai operar, escolher os dias favoráveis de certos planetas, o sucesso da operação ainda fica mais garantido.

Agora, passemos aos esclarecimentos sobre a Quinzena Negra (fase da Lua de Cheia a Minguante).

Irmão iniciado, você deve saber que nessa quinzena não se faz nenhum trabalho ou operação para fins positivos, seja de que ordem for, especialmente na fase dita CHEIA. Nessa fase a Lua já está assim como a mulher que foi fecundada, está em gestação, ficou grávida, está cheia mesmo.

Aí a Lua está altamente negativa, pois sua influenciação age como um vampiro, isto é, seus fluidos eletromagnéticos estão sugando, vampirizando tudo o que pode, quer da natureza astral propriamente dita, quer da natureza dos próprios vegetais.

Nessa fase de Cheia, a Lua - por causa dessa sua ação vampirizadora - enfraquece a seiva dos vegetais e eles perdem o vigor, ou seja, mais de 70% de suas qualidades terapêuticas, pelas extremidades, isto é, pelas folhas, talos, hastes, etc., que se vão concentrar, pela natural reação de seus próprios elementos vitais, na raiz, ou melhor, naquilo que está dentro da terra.

Ervas não devem ser colhidas nessa fase, para uso de qualquer espécie, porque não produzem os resultados terapêuticos indicados e podem até prejudicar, se for caso de doença a tratar, ou na questão dos banhos, defumadores, "amacis", etc.

Isso, nessa parte, e quanto ao lado que se refere a trabalhos, só se presta para as manipulações da magia negra.

Quase que nas mesmas condições está a Lua na fase Minguante. Aí está como a mulher que despejou o produto de sua fecundação, isto é,pariu, esvaziou todo o seu conteúdo. Seus fluidos - da Lua- além de estarem fraquíssimos, estão como que carregados de elementos sutis e deletérios, que se vão purificar nas águas, quer nas que vêm de cima, do éter, quer nas fixas, existentes embaixo, na terra, isto é, nos mares, rios, lagoas, etc., a fim de se renovarem e provocarem a transformação dita como a fase de Nova.

E é claro que na citada fase Minguante da Lua até os próprios vegetais se ressentem em sua seiva, porque recebem sobre a mesma seus fluidos impuros, carregados, fracos, e, para efeito de melhor comparação, envenenados.

Também assim fica compreendido que as ervas terapêuticas ou mágicas nessa fase não devem ser colhidas nem usadas para nenhuma finalidade mediúnica, são contra-indicadas.

E no tocante a trabalhos mágicos, positivos, de qualquer natureza, quase que se anulam ou se diluem nessas vibrações deletérias, porque, para efeito de alta magia ou da Magia Branca, tudo no minguante é nocivo.

Advertência final e fraternal: não mantenha ilusões.

 
Origem esotérica do bobo da corte
Samael Aun Weor (*)

Quem já não assistiu a algum filme ou desenho animado mostrando aquele personagem engraçado, vestindo roupa nas cores vermelha e azul, com três sininhos na cabeça? Quem não o identificaria como o bobo da corte? Este personagem foi muito ativo nas cortes medievais europeias. Fazia a nobreza rir, divertir-se durante os banquetes. Contava piadas, fazia mímicas, imitações, tudo para entreter o nobre público.

Porém, há algo de esotérico nesse personagem bizarro? Qual a origem das suas traquinagens? Qual o simbólico nele? A sabedoria gnóstica explica isso maravilhosamente.

O bobo da corte tem uma origem dentro da sabedoria sufi. Os mestres sufis, ao acompanhar os movimentos islâmicos na Ibéria e também nas épocas conturbadas das Cruzadas, trouxeram várias tradições esotéricas que se incorporaram ao folclore europeu.

Vemos por exemplo as danças rodopiantes na Escócia, as Valsas, a tradição dos Trovadores (palavra que significa Buscador, ou seja, aqueles que ensinavam a Sabedoria Superior por meio da música e dos contos-de-fada de feudo em feudo, de castelo em castelo), e também o bobo da corte.

O bobo da corte – representado no baralho como o Curinga, o que pode alterar o jogo radicalmente – tinha como função imitar as atitudes e os gestos (corporais, faciais etc.) de todos, contava histórias que não tinham “nem pé nem cabeça”, porém seu significado oculto era sempre o de fazer com que todos refletissem. Refletir sobre o quê? Sobre a incongruência, a subjetividade do ser humano.

Suas atitudes dúbias, conflitivas, que numa hora o levam a uma direção, noutra o conduzem a uma direção totalmente diferente, muitas vezes até em sentido contrário. Essa é a finalidade essencial, primitiva, dos ensinamentos do bobo da corte. Levar uma sabedoria psicológica por meio do riso, das alegorias subjetivas, das pantomimas, do hilário.

Que tal despertarmos nosso bobo da corte interior? Ou seja, despertar aquela faculdade da Consciência que vigia as manifestações do Ego? Que não permite que desenvolvamos o defeito da auto-importância, da auto-consideração, do amor-próprio? Claro, sem perdermos o sentido cósmico do autorrespeito!

O bobo é um personagem comum e recorrente, por exemplo, nas peças de William Shakespeare. Geralmente, o Bobo Shakespeariano é um personagem aparentemente ingênuo e inconsequente, de língua afiada, que serve para insultar e fazer comentários ásperos e irônicos sobre as atitudes e posturas dos demais personagens. Na maioria das peças em que aparece, esse personagem mantém-se à margem da trama, falando diretamente à plateia.

O bobo da corte era uma figura real comum na época de Shakespeare. A rainha Elizabeth, por exemplo, costumava mantê-los em sua corte. Usado tanto nas comédias quanto nas tragédias, os bobos mais relevantes de Shakespeare são o da corte do Rei Lear (que funciona como um alter-ego, um espelho, do próprio Lear), o bobo profissional de Timão de Atenas (em torno do qual se desenvolve uma espécie de subtrama).

Muitas pessoas, a maioria de nós infelizmente, ri dos bobos da corte, sem compreender que estão rindo de si mesmas. As situações ridículas e incongruentes são porões delas mesmas. E o bobo da corte queria, na verdade, que esse público compreendesse que nós é que somos os bobos, que nossa vida é cheia de esquisitices, de multiplicidades psicológicas, de diabruras mentais, de conflitos. Se essa situação não fosse lamentável, deveríamos rir de nós mesmos.

O ensinamento esotérico, psicológico, nas obras de Shakespeare, são de fundo didático. Ali vemos os conflitos, as desgraças, os desequilíbrios, as fatalidades a que somos levados em nossas pobres vidas de gente inconsciente e hipnotizada. Assim como os bobos da corte, Shakespeare nos faz ver a nós mesmos em cada personagem de sua vasta e maravilhosa obra.

Ah, um lembrete: a palavra Shakespeare é uma corruptela de duas palavras iniciáticas do Sufismo: “Sheik” e “Pyr”, Mestre e Guia. Shakespeare é a encarnação do grande Mestre da Luz conhecido por todos como Conde de Saint Germain.

Um exemplo clássico da linguagem simbólica do auto-desprezo e da ridicularização do próprio ego são os ensinamentos do grande mestre súfi Nasruddin. Há controvérsias sobre se ele realmente existiu ou não. Muitos pesquisadores dizem que ele foi na verdade um personagem criado para centralizar os ensinamentos psicológicos de muitos mestres súfis.

Mas, isso não importa. O que vale é que recomendamos ao leitor buscar os livros do mestre Nasruddin e beber dessa fonte límpida. Claro que muitas histórias não deixam de ser engraçadas. Vale a pena rir um pouco, vale a pena rir de nós mesmos.

(*) Texto extraído do livro As partes do Ser - Samael Aun Weor - editora Esotera






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