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segunda-feira, 14 de maio de 2012


DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE ANO: 12
MAIO/JUNHO:2012 NUMERO:65 

Homenagem as Mães
Autor desconhecido

MÃE BRANCA, MÃE PRETA, MÃE AMARELA, MÃE LOURA, MORENA OU RUIVA
MÃE CASEIRA OU CIGANA ITINERANTE
MÃE DE TODAS AS RAÇAS, DE TODAS AS CORES

MÃE QUE MENDIGA, MÃE QUE TRABALHA, MÃE QUE FREQÜENTA ALTA SOCIEDADE.

MÃE QUE É MÃE A TODO MOMENTO SEM IMPORTAR CONDIÇÃO SOCIAL, MÃE É SÓ UMA PALAVRA QUE SOA COMO FAVOS DE MEL DENTRO DA BOCA.

MÃE GUERREIRA, MÃE PRECIOSA, MÃE ZELOSA, PREOCUPADA, MÃE COZINHEIRA, LAVADEIRA, ATÉ LIXEIRA, MÃE EMPRESÁRIA, INDUSTRIARIA, COMERCIARIA, MÃE DONA DE CASA, MADAME OU EMPREGADA.

MÃE QUE LUTA COM TODAS AS GARRAS, MÃE QUE BATALHA POR UM BEM-ESTAR, POR QUERER MUITO PARA O SEU FILHO OU FILHA.

QUE SEMPRE TENHA EM SEU MUNDO MOMENTOS DE MUITA PAZ E AMOR, COM UM CRESCIMENTO INTERIOR, QUE O FAÇA UM ALGUÉM NESTA VIDA.

MÃE BIOLÓGICA, MÃE ADOTIVA, MÃE QUE REZA, QUE ABENÇOA, MÃE QUE PERDE NOITES DE SONO, MÃE QUE ENSINA A LER E ESCREVER.

MÃE QUE NOS MOSTRA O QUE É A VIDA E O CAMINHO CERTO A PERCORRER

MÃE QUE É PAI EM SUA AUSÊNCIA, PAI QUE É MÃE EM TEMPO INTEGRAL COMO O SUBSTITUTO ADEQUADO SEM TER MEDO DE SER PIEGAS MAS POR NECESSIDADE PRIMORDIAL DE CHEGAR ENFIM AO FINAL DA ESTRADA, VER SEU REBENTO CRESCIDO, VITORIOSO COMO UM GRANDE SER HUMANO REAL.

MÃE QUE SEMPRE INCENTIVA A LUTAR, VENCER, CRESCER COMO GENTE, SER HUMANO, SEM PISAR NO SEMELHANTE.
PROCURAR SER ALGUÉM IMPORTANTE ACREDITAR EM DEUS, TER FÉ

MÃE QUE SÓ PENSA NO QUE É MELHOR, MÃE QUE ACARINHA, QUE ACALANTA, MÃE QUE BRONQUEIA NA HORA CERTA MOSTRANDO UM CAMINHO PARA SEGUIR.
 MÃE QUE ESTÁ SEMPRE PRESENTE EM TODAS AS HORAS MESMO QUE A DISTÂNCIA SE FAÇA SENTIR.

MÃE É MÃE NÃO IMPORTA ONDE ESTEJA, NÃO IMPORTA O QUE SEJA, NADA TIRA O SEU VALOR.

E POR VOCÊ MÃE PRESENTE, ONIPOTENTE, QUE SE ORGULHA POR SER MÃE, POR CORRER ATRÁS DO TEMPO TENTANDO SUAVIZAR SUAS MARCAS
POR VOCÊ QUE É MÃE AUSENTE, MÃE QUE EXISTE SÓ NA LEMBRANÇA QUE PARTIU TÃO DE REPENTE DEIXANDO NO AR SÓ A SAUDADE.

EU TE FAÇO ESTA HOMENAGEM.

MÃE DE TODO DIA, ANO POR ANO MÃE, MAMÃE, MÃEZINHA ESTE É O NOME MAIS LINDO SUAVE, SONORO, ABENÇOADO POR MARIA, RAINHA DE TODAS AS MÃES.

QUE DEUS GUARDA COM TODO CARINHO BEM NO MEIO DA PALMA DE SUA MÃO.

OS SETE SORRISOS DE UM PAI PRETO

adaptação do amigo e umbandista Eduardo Rodrigues Castellani

Homenagem a todos pretos e pretas velhas

O primeiro sorriso: é pelo médium que está sempre zelando por sua conduta e equilíbrio espiritual, tratando as entidades que baixam no terreiro com extremo carinho e cordialidade.

O segundo sorriso: são pelas crianças carnais que em muitas ocasiões estão presentes nas giras, dando ao ambiente alegria, amor e muito carinho.

O terceiro sorriso: é para os médiuns que estão sempre dispostos a ajudar e zelar pelo terreiro, chegando cedo para ajudar, organizando pela sua própria vontade, sendo os primeiros a chegarem e os últimos a saírem.

O quarto sorriso: são para alguns consulentes, que através dos seus olhares vemos sempre a humildade, a solidariedade e a alegria por poder estar neste pronto socorro espiritual, para dar e receber o amor, a fé e a caridade.

O quinto sorriso: são para os filhos de Fé que vão às entidade e apenas dizem: "HOJE MEU BOM PAI PRETO, NÃO VIM AQUI PARA PEDIR NADA E SIM PARA AGRADECER A NOSSO PAPAI OXALÁ E AOS GUIAS E PROTETORES POR TUDO QUE RECEBI E TENHO RECEBIDO!".

O sexto sorriso: são pelos Dirigentes, Pai e Mães de Santo, Sacerdotes e Sacerdotisas, Filhos e Filhas de Fé, pelo zelo, amor e carinho que eles têm pela nossa SENHORA DA LUZ VELADA, nossa MÃE chamada UMBANDA, pela tamanha humildade dentro e fora do Congá, tornando-se referência a todos ao redor.
O sétimo sorriso: é por agradecimento aos Orixás, Guias e Protetores, que nos elevam em pensamento, sentimento e ação, ao Cristo Jesus e a Zamby, nosso Pai Eterno, dando-nos a oportunidade de praticar a Caridade e elevar-nos espiritualmente.

E, daquela “forma velha”, vi um véu caindo e num clarão intenso que ofuscava tanto, ouvi mais uma vez...

“Mando a luz da minha transfiguração para aqueles que esquecidos pensam que estão... ELES FORMAM A MAIOR DESSAS MULTIDÕES”...

São os humildes, os simples; estão na Umbanda pela Umbanda, na confiança pela razão... SÃO OS SEUS FILHOS DE FÉ.

São também os “aparelhos”, trabalhadores, silenciosos, cuja ferramenta chama-se DOM e FÉ, e cujos “salários” de cada noite... São pagos quase sempre com uma só moeda, que traduz o seu valor numa única palavra – a INGRATIDÃO.

Benção de todos os Pais Pretos:


Conversando com o Mestre Aramirim / no salão

Discípulo: Salve Mestre, que prazer em vê-lo e, mas uma vez venho aqui, como sempre, buscar algo a mais sobre nosso Sagrado Aumbhandam e luz para minha vida.  Peço sua benção!

Mestre: Pai Orixalá o abençoe agora e sempre. Vejamos se posso atender suas pretensões de hoje.


Discípulo:  O que posso entender de forma simples o Poder Volitivo do  Orixá?
Mestre: É potenciação de sua vontade e essa propiciou movimentos ordenados, que fez nascer o nosso Universo Astral. Dai surgiu o chamado Big-Bang e este fez surgir três fenômenos existentes: a Luz, o Som e o Movimento.
Existe uma lei que afirma que o que está encima é similar ao que está embaixo e vice-versa.  Para quem tem “olhos de ver e ouvidos de escutar” percebeu que no nascimento de uma criança temos também a Luz (a luz que vê saindo de dentro da mãe), o Som através do choro e o Movimento. Este é uma realidade para o bom observador. Real mas muito difícil para quem não tem olhos de ver e ouvidos de ouvir.


Discípulo:  Realmente. Nunca tinha pensando nisso. A maioria da humanidade também não. Agora gostaria de pedir um esclarecimento sobre o progresso do discípulo na Umbanda Esotérica.
Mestre: Este é realizado no seu mundo interior, se tem os requisitos indispensáveis. Pois se assim for, terá a confiança do Astral Superior, então receberá o acréscimo de forças mentais, astrais e até físicas. A lei diz: “A cada um de acordo com suas obras e todo trabalhador é digno de seu salário”.


Discípulo: Pode me citar um sério erro que nós os médiuns cometemos?
Mestre: A impaciência! Esta só lhe dará aborrecimentos. Outro erro também é quando nós achamos que nossos esforços de vida material terminará ou será bastante abrandada ao encontramos com nosso Mestre  e que este vai viver nossa vida e pagará ou apagará  nosso karma constituído. O Senhor Jesus, Pai Orixalá afirmou: “A cada um de acordo com suas obras”.


Discípulo: Dentro da realidade onde começa o nosso serviço na Terra?
Mestre: Inicia-se no instante desde o momento que nasceu ou renasceu. É só ser um bom observador e constará esta verdade.


Discípulo: Poderia me dar mais uma explicação sobre Iniciação?
Mestre: Não podemos nunca acreditar que uma iniciação é uma promoção. Que esta vai nos dar tudo que achamos que merecemos ou que lutamos para tentar conseguir. Este cargo filho, não é uma promoção e nem uma ponte para acesso a cargos superiores e não é uma porta milagrosa que se abre à vontade. A Iniciação só é algo positivo na vida de alguém quando este alguém fornece condições, ou como diz o ditado muito antigo, quando a pessoa nasce de novo e de dentro para fora de si mesmo. Quando renuncia a maior praga, o maior erro, o câncer do espírito: o egoísmo.  Vejamos que uma Iniciação para ser válida tem de ser determinada por uma Entidade Espiritual real.
Para se ter ou receber uma  Iniciação verdadeira tem de ter tido ordens e direitos do Astral Superior e este nunca aceita REALMENTE ser avalista da irresponsabilidade de um suposto iniciador, um distribuidor de promoções pessoais que acha que isto é apenas status ou vai dar forças mediúnicas a seus médiuns escolhidos. Vejamos que o médium é apenas um meio de comunicação entre vivos e desencarnados e sendo assim a Iniciação só se faz REALMENTE presente para o médium em si mesmo. Ela não dá força mediúnica. Ela dá, só para quem merece, um novo estado de consciência e um novo modo de viver. No fundo, no fundo mesmo é uma benção para quem realmente merece e um grande peso para os aventureiros de plantão. A NATUREZA NUNCA DEU SALTOS e não vai dar para somente para abastecer o orgulho e a vaidade de alguém, seja ele mestre, sacerdote ou iniciando.


Discípulo: Poderia me dar algo sobre conduta digna de aspirantes a uma Iniciação?
Mestre: Muitas. Mas vejamos algo muito antigo que é originário de algumas Leis e Regras de índios americanos e que serve para todos nós:
1. Pratique otimismo, todo dia toda hora. Não tenha duas caras.
2. Evite machucar os corações das pessoas, principalmente nas que lhe tratam com carinho, amizade e respeito.
3. Seja sincero, mas educado, seja verdadeiro em todas as situações. Mas aprende de uma vez que sinceridade não é grosseria, falta de educação e desrespeito.
4. A honestidade é elemento fundamental, uma virtude que não pode ser jogada no lixo, como se vê por aí no mundo. Ela não pode ser usada para uns e transvertida de segundos interesses para outros.
4. Mantenha-se equilibrado. Não seja como uma folha que o vento faz virar de lado em cada momento, ou seja,  para um lado e para o outro. É lógico que um débil, um usuário de máscaras diversas não pode, sob hipótese nenhuma, querer iniciar alguém.
5.  Mantenha-se  também equilibrado com seu corpo espiritual, mental e físico. Eles precisam estar sempre o melhor possível. Esforce-se para mantê-los fortes, tranqüilos, equilibrados, alegres e positivos dentro das Leis do Supremo Espírito.
6.  Trabalhe 24 horas para ajudar o seu corpo espiritual ajudar e curar o seu emocional.
7.  Tome a decisão consciente em cada ocasião. Como deverá agir e reagir perante as 24 horas de sua vida e da vida das pessoas que vivem a seu lado.
8.    Seja responsável por suas ações. Não invente desculpas para seu erros.
9.    Respeite a privacidade e o espaço dos outros.
10. Não toque as propriedades pessoais, de outras pessoas, especialmente objetos religiosos e sagrados.
11.  Comece a ser verdadeiro consigo mesmo. Não invente desculpas para seu erros. Não seja ingrato e mal agradecido.
12.   Se você não consegue ajudar a você mesmo como poderá ajudar aos outros. Se você está instável e consegue ser fugitivo da verdade verdadeira como poderá apontar caminhos a seus semelhantes?
13 Não force sua maneira de ver a vida sobre os outros.
24. Participe sim, com amor, bondade, compaixão, lealdade, respeito da vida de quem está a seu lado.
25 Acredite mesmo!  Cada ação nossa negativa e cheia de segundas intenções, neste caminho,  gera no mínimo um bom pedaço a mais de karma negativo para nós mesmos. E diz o ditado antigo:
“Quem semeia ventos vai colher tempestade”.
Para encerra repito aqui o que disse o Sr...,  incorporado em seu médium: “Não adianta tamparem o sol com a peneira. Nós como agentes do Karma vemos e sabemos de tudo e garantimos que vai haver choro e ranger de dentes como afirmou nosso meigo Jesus, o nosso Pai Orixalá”.


Discípulo: Muito obrigado por mais uma lição de vida. Tudo aqui vai servir para mim e para minha família, para  meus irmãos médiuns verdadeiros e aos Sacerdotes e Mestres a  serviço do Senhor Jesus.
Quem tem juízo e normalidade de espírito que possa fazer o mesmo, pois é dando que se recebe. Sua benção, caríssimo orientador e Mestre.
Mestre: Eu é que agradeço ao Pai Supremo de ter-me presenteado com sua presença em minha vida e na sociedade cristã. Pai Orixalá o abençoe agora e sempre.


Os Postulados(*) da Umbanda
Por: W.W. da Matta e Silva (Fonte: Doutrina Secreta da Umbanda)
(*) s.m. Matemática Princípio ou fato indemonstrável ou não demonstrado, cuja admissão é necessária
para estabelecer uma demonstração. (Cf. axioma.)Tempo de exercícios e
provações que antecede o noviciado nas casas religiosas.
 6º Postulado  (No que diz respeito à origem do sexo  dos Espíritos)

Cremos e ensinamos que a origem do sexo está na própria natureza vibratória dos seres espirituais, como as afinidades virginais de cada um.

São essas afinidades virginais que, vibradas pelo Espírito, foram plasmando, imprimindo sobre a substância o caráter delas e, progressivamente, consolidando suas tendências de origem, numa dupla manifestação ou definição

Essa dupla manifestação de tendências é irreversível, porque é da própria tônica eternal dominante de cada ser espiritual.

Quando os espíritos buscaram a natureza das coisas queriam defini-las, objetivá-las, materializá-las, procuravam as condições para produzir esses aspectos que vieram a ser identificados como o amor ou a tendência sexual de cada um, ou o SEXO.

Então, identificamos positivamente que afinidades são atributos intrínsecos dos Espíritos, nasceram neles mesmos, e daí que, ao se definirem e se concretizarem, revelaram aquilo que é do macho e aquilo que é da fêmea.

Fácil, portanto, ao leitor entender por que a Tradição, a Kabala e as obras mais autorizadas do Ocultismo oriental e ocidental ressaltam o eterno masculino e o eterno feminino, no sentido mesmo de fatores irreversíveis.

Tanto assim é que seria absurdo, ilógico, atribuir-se à natureza-matéria ter criado no próprio espírito essa tendência, sabendo-se que ele é de natureza distinta, extrínseca à dela, que não tem faculdades criadoras, provenientes da consciência, inteligência, sentimentos, etc., portanto recebeu tendências nela e não as originou. Os seres espirituais não saíram dela, não tiveram origem nela.

A Doutrina Secreta da Umbanda tem como ponto fechado essa questão: um Espírito foi porque é e será eternamente da linha do Eterno Masculino; outro Espírito é porque foi e será eternamente da linha do Eterno Feminino. São ingênuas ou duvidosas as doutrinas que pregam as reencarnações de um espírito ora como homem, ora como mulher.

Há tão-somente os casos excepcionais de desvio moral, trauma sexual, etc. É o caso particularmente do homossexualismo. Enfim, surgem como taras ou desvios de fundo moral-sexual, porém transitórias. Fatalmente todos se integrarão na linha ou vibração afim, certa.

Essa questão do sexo, estando assim definida, desde a origem de seus fatores, digamos, psíquicos ou anímicos, cremos que o leitor já deve ter compreendido que isso que veio a ser o sexo já existia, em estado latente, na ideação virginal dos espíritos, como suas ditas afinidades e que eles saíram de lá, do Cosmo Espiritual, a fim de concretizá-las noutra parte, provocando, por causa dessa atitude, a Criação do Universo-astral e uma sub-lei, que denominamos carma-constituído. Vejamos outras considerações.

Tendo assim definido a origem anímica do sexo em duas linhas distintas de afinidades, esse arcano ainda faz revelações sobre a origem física do homem, isso é, de onde veio seu corpo animal.

A nossa doutrina não aceita “as provas” ou as teorias científicas sobre a origem do homem-físico (corpo humano), porque, tendo as mesmas certos fundamentos-científicos, não convencem, porque fogem à lógica fundamental.

De um modo geral a ciência concluiu, ou deduziu, que o ancestral simples e primitivo do homem é oriundo de uma só espécie de matéria muciforme albuminóide, também chamada protoplasma, ou protameba primitiva; seria, portanto, o mesmo que as moneres atuais: organismos sem órgãos, unicelulares.

Depois essas moneres evoluíram, numa seriação, ditas como dos ancestrais-invertebrados, até se consolidarem nos ancestrais-vertebrados, que, por sua vez, deram formação, sucessivamente, aos antropóides, ou homens-macacos, daí a ciência (antropologia) clássica dizer: “o homo-simius” e outros. Assim, poderemos deduzir simplesmente que:

a) o organismo humano (o corpo físico, animal) deve ter sua “origem real” no protoplasma - espécie de matéria ou tecido germinal, que é a que conserva e transmite os caracteres genéticos, através da cromatina do núcleo da célula.

b) essa cromatina do núcleo da célula contém, essencialmente, os gens (ou cromossomos), que são, exclusivamente, gerados pelas gônadas, únicas reprodutoras da célula sexual, e por onde são transmissíveis os denominados caracteres hereditários de uma raça animal, irracional ou racional.

c) e como o ancestral comum do homem, segundo a antropologia, teria sido o homem-macaco, ou o antropóide, teríamos forçosamente de admitir que as gônadas, os gens, os cromossomos desse antropóide tinham que vir se reproduzindo dentro de seus caracteres básicos, até certa altura, quando recebeu “o sopro inteligente, consciente”, isto é, até quando incorporou ou encarnou na espécie o espírito, ou os seres espirituais.

Isso não tem convencido porque até hoje essa mesma ciência procura o “elo perdido”, isto é, a espécie intermediária entre o antropóide e o homem-físico.

Nossa doutrina, ou arcano, como já frisamos, rechaça tais conclusões científicas, porque nesse caso provado das gônadas, da célula sexual reprodutora, dos gens com seus caracteres hereditários, a dita ciência teria de procurar não um ancestral comum para o homem, mas quatro ancestrais comuns, porque quatro são as raças básicas, e assim, quatro têm que ser, forçosamente, seus padrões genéticos, distintos e transmissíveis.

A ciência não prova que o padrão genético do homem de raça negra, com todos os seus caracteres raciais, é igual ao do homem de raça amarela. A ciência não prova que os cromossomos do homem da raça branca são iguais aos do homem da raça negra, isto é, não prova o porquê ou a razão da natureza essencial dos gens de cada tipo racial puro conservarem sempre os caracteres físicos - cor da epiderme, cabelos, olhos, conformações próprias, etc. - através da reprodução da mesma espécie, sem alterações básicas, ou melhor, com aquelas qualidades próprias.

Se não houver mistura de gens, entre um homem de raça amarela e uma mulher de raça branca ou negra, o padrão genético de um ou do outro não se altera em suas linhas básicas qualitativas. A mistura ou a mescla de padrões raciais básicos foi que produziu as sub-raças ou os chamados caldeamentos.

Veja-se simplesmente que quando um homem do puro padrão genético ou racial negro junta seus cromossomos com os de uma mulher do puro padrão racial branco, o que produzem, via de regra? O mulato, ou moreno; notando-se mais que um filho pode trazer mais características do pai que da mãe, e vice-versa, ou seja, ainda, um pode sair com cabelo liso e epiderme mais clara, ou mais escuro e de cabelo crespo, prevalecendo, portanto, a força de um dos padrões genéticos básicos.

Essas considerações simples são aqui feitas para definirmos que, sendo essencialmente, basicamente, quatro os padrões raciais ou genéticos, quais seriam os quatro antropóides ancestrais e com padrões genéticos distintos, e em diferentes regiões do planeta, perpetuadores de seus caracteres, se a ciência apenas procurou um ancestral comum ? E ainda mais explicitamente: qual teria sido o ancestral antropóide cujo padrão genético e distinto se perpetuou na raça ,amarela ? E nas raças negra, branca, vermelha?

E ainda mais explícita e profundamente: se os gens, como partes integrantes dos cromossomos, têm propriedades de reprodução natural e, por isso, são os que transmitem os caracteres hereditários e distintos de cada padrão racial, e ainda sendo originários do protoplasma, quantos protoplasmas a ciência teria que classificar, se essa distinção da natureza íntima ou essencial de cada um desses padrões raciais está visível em cada uma dessas quatro raças básicas da humanidade, sabendo-se que a mesma ciência, estudando o número de células sexuais ou cromossomos das espécies animais irracionais, verificou que variavam em quantidade? E tanto é que a cobaia e o rato têm 16 cromossomos; a rã 24; o pombo 16; a galinha 18; o boi 37 ou 38; e o “bicho homem” varia de 45 a 48, segundo modernos estudos.

Ora, verificando-se ou entendendo-se claramente que essas quantidades são fundamentais e próprias de cada espécie animal, deixemos para a própria ciência oficiosa ou profana descobrir o porquê real dessas distinções e dessas Variações de quantidade em cada espécie animal, porque não tem coerência científica se não identificarem também os quatro ancestrais antropóides, e todos com o mesmo número de células sexuais ou cromossomos - iguais ao do homem - isto é, de 45 a 48.

Assim, entremos com o conceito de nossa doutrina a respeito desse magno problema. Como já dissemos nos Postulados anteriores, os chamados “fluidos cósmicos”, ou universais, foram efeito daquela coordenação do Poder Criador, Operante, Divino, sobre a substância-etérica, gerando o 4º estado, que, por sua vez, consolidara-se nos ditos quatro elementos da natureza: os ígneos, os aéreos, os aquosos, os sólidos, em cujas naturezas essenciais dominavam, respectivamente, o oxigênio, o azoto, o hidrogênio e o carbônio.

Então, queremos que o leitor entenda que esses quatro elementos da natureza física têm íntima relação com os citados padrões genéticos e, naturalmente, com o surgimento das quatro raças básicas da humanidade.

O Arcano nos revela que o protoplasma das espécies animais irracionais não têm a mesma fonte que o da espécie humana. O plasma germinal do organismo humano foi uma ação técnica das Hierarquias e originou-se da especial consolidação etérica e incisiva do elemento ígneo com o seu radical - o oxigênio, surgindo assim um a “plasma astral”, ou uma matéria orgânica astral, que deu formação gradual, progressiva, a um corpo astral, a princípio etérico, depois semidenso, denso, rude, sem contornos particulares, condição que foi alcançando com a respectiva consolidação futura. Dentro desse conceito metafísico, a primeira raça que surgiu foi a Vermelha.¹

Depois e ainda dentro desse prisma, pela respectiva atuação desses outros elementos - azoto, hidrogênio, carbônio - é que foram surgindo as demais raças: negra, amarela, branca, com seus padrões genéticos próprios e relacionados com essas ditas atuações mesológicas ou climatéricas, isto é, uma aclimatação progressiva do quente para o frio, com suas duas condições intermediárias (o que veio a definir-se como as quatro estações do ano), estritamente relacionadas assim, e ainda por causa da conexão com seus outros padrões anímicos, cármicos e morais, isto é, sujeitos à disciplina da Lei Divina, imposta de acordo com seus graus de rebeldia, quanto ao uso que fizeram do livre arbítrio.

Fusões, caldeamentos, sub-raças ou ramos não são padrões básicos - é a mescla, que objetiva um padrão único, homogêneo, a fim de extinguir o preconceito racial, o orgulho de raça, etc., para se alcançar o arquétipo físico, ou seja, a purificação biológica ou orgânica, porque, vamos convir, o nosso atual corpo físico, por mais maravilhoso que nos pareça, ainda carrega dentro de si detritos, fezes, vermes, pus, etc.

E eis por que na Bíblia (citamos sempre essa obra porque a mentalidade ocidental está muito arraigada a ela como "livro divino, de revelação", muito embora contendo algumas verdades, no mais conta apenas a história religiosa, social, moral, etc. dos hebreus ou do povo de Israel, por sinal história não muito limpa) na parte do Gênesis.  Moisés figurou essas verdades do Arcano Maior quando simbolizou essas quatro raças como os quatro rios que corriam para os quatro pontos cardeais da Terra, e ainda os denominou fluidos, com os seguintes nomes: Phishon, Gihon, Hiddekel e Prath.

Moisés, assim, baseou-se naturalmente na ciência dos Patriarcas, ensinada por Jetro, guardião da verdadeira Tradição, e disse mais, que Adão, isto é, a primeira humanidade, "foi feito de barro"- e o barro, todos sabem, é de cor vermelha. Esse conceito da origem do homem no barro vermelho também era professado na antiga Babilônia.
 No túmulo de Sethi I foram pintadas essas quatro raças, pela ordem da cor inerente a cada uma e com os nomes, ou seja: a vermelha é Rot (seriam os Rutas da história); a negra é Halasiu; a amarela é Amu; a branca é Tamahu.

Assim, cremos ter definido, nesse Postulado de nossa Doutrina Secreta, a origem do sexo, da raça, e de seus padrões genéticos básicos, concluindo que não deve ter existido um protoplasma ou um tecido germinal comum a essas quatro raças.

Certos atributos do corpo físico ou do organismo humano que a ciência julgou ter encontrado em outras espécies animais, como macaco, o peixe, etc., são devidos, ou melhor, têm suas origens nas injunções da natureza vital do planeta Terra, obedientes à lei da gravidade que regula o equilíbrio desses organismos, facultando-Ihes as condições de sobrevivência nos elementos que lhes são próprios, como a água, o ar, a terra: o peixe tem cauda e barbatanas, os pássaros têm duas pernas, duas asas e cauda, os bichos de pêlo têm quatro pernas ou duas e dois braços e cauda.

Diz Giebel (e outros) que "no princípio da vida embrionária, quando o embrião se compõe apenas do sulco primitivo e da corda dorsal, a mais minuciosa observação é absolutamente incapaz de distinguir a individualidade humana de qualquer vertebrado, de um mamífero ou de uma ave, de um lagarto ou de uma carpa".

E então? A ciência não sabe, a observação não distingue, mas essa distinção é patente, quando de embrião passa a feto e daí à luz física, como produto de sua espécie, pois logo o que é de pêlo, é pêlo, o que é de pena, é pena, o que é branco é branco, e o que é preto é preto. Os seus caracteres genéticos de origem ali estão, distinguindo a sua hereditariedade, a sua ancestralidade.

1 A raça vermelha padrão está praticamente desaparecida. Remanescentes dela ainda podem ser identificados, quer nos índios peles-vermelhas da América do Norte, quer também nos nossos aborígines, através desse tipo primitivo que o General Couto de Magalhães tão bem estudou e definiu em sua obra O Selvagem (edição 1913) desde 1876 como Abaúna, para diferençá-la do outro tipo que considerou erupção (mestiço) com o elemento branco e que denominou Abaju. Divina, imposta de acordo com seus graus de rebeldia, quanto ao uso que fizeram do livre arbítrio. Como Abaúna apontou o índio de raça pura, da cor do cobre, tirando para a escuro, da qual são tipos, conforme ele mesmo observou diretamente, o índio Guaicuru, em Mato Grosso, o índio Xavante, em Goiás, e o índio Mundurucu, no Pará.

Proximo Postulado 7ª Rompimento do Carma-Causal 


As oferendas nas diversas culturas
Por Graça Costa (Yacyamara)

A história nos mostra que as oferendas sempre foram usadas pelo homem. Registros demonstram essa atividade no Egito Antigo, através de pinturas desde a XVII Dinastia (1550 a 1319 A.C.).

Usadas por diferentes povos nos quatro cantos do mundo, as oferendas variam na forma e no significado.

No Budismo é costume oferecer flores, frutos, taças com água, velas ou lamparinas, incensos e música para reverenciar os Budas.

Também faz parte do costume oferecer parte de uma refeição antes de comer e um pouco de chá ou água, antes de beber, com o desejo de que todos os seres não sintam fome e não sintam sede.  O propósito dessas oferendas é desenvolver e aumentar a mente de generosidade e reduzir a avareza.

No Budismo Tibetano é comum a oferenda de mandalas de areia aos buddhas. As mandalas são construídas de areia colorida, onde cada cor tem um significado espiritual.

O ritual da criação de uma mandala mostra um dos mais difíceis elementos da prática budista, que é impermanência. A maioria das mandalas de areia é destruída tradicionalmente depois de sua conclusão.

 Na Cerimônia de Oferenda, a areia da mandala é colocada em um recipiente sagrado, levada ao rio e oferecida a uma divindade, beneficiando os seres vivos e o meio ambiente. As águas carregam então a bênção de cura ao oceano e dele se espalha no mundo inteiro para a cura planetária.

A prática da oferenda, para o Taoísmo, tem um sentido amplo, profundo e transformador. O taoísta realiza sua oferenda como um exercício de consciência. Muito mais do que uma simples caridade é uma prática que estabelece a correspondência entre um sentimento e uma ação concreta que demonstra este sentimento. Uma ação ou um gesto sem sentimento é vazio. E o sentimento sem o gesto ou a ação é incompleto.

As oferendas são compostas basicamente por incenso, flores, água, velas e frutas, com simbolismos bastante significativos.

No Hinduismo há a crença de que os deuses são favoráveis aos homens, quando invocados e acumulados de oferendas; caso contrário, eles criam dificuldades. As oferendas são sempre compostas de água, flores, incenso e fruta, que são consumidas após ter-se oferecido a Deus. Também podem levar ervas aromáticas, açúcar, canela, essências, vinho, leite, lentilhas, legumes, vegetais e moedas.

Em Bali, pela manhã, há um ritual repetido todos os dias, sem exceção: as balinesas espalham pequenas oferendas (com flores, incensos e arroz cozido sobre pedaços de folha de bananeira) pelas casas e ruas e salpicam água, pelo chão. A comida é para alimentar os diabos maus e as flores para os espíritos bondosos.

No Xintoísmo, acredita-se que os espíritos dos mortos continuam a circular entre os vivos e que adquirem, pela morte poderes sobrenaturais, pois todos os mortos tornam-se deuses. Poderosos tanto para o bem como para o mal, são bondosos quando os vivos guardam sua lembrança e lhes dirigem oferendas, e malévolos se são esquecidos ou negligenciados. É um crime magoá-los com a conduta desonrosa.

Nas casas xintoístas existe em geral um pequeno altar onde se colocam oferendas (saquê, arroz, sal) e recitam-se orações.

Para os adeptos do Xamanismo é a Mãe Terra a geradora de abundância e de tudo que na terra existe. É a fecundidade, as estações, o ciclo da vida, da morte e renascimento.

Agosto é o mês de oferendas à Mãe Terra, quando fazem suas oferendas que são enterradas em um buraco feito na terra, utilizando conchas, água, algodão, sementes, frutas secas, grãos, tabaco, incenso, perfume, folhas verdes de oliveira ou louro, caramelos, confeitos coloridos, doces e pétalas das flores, para adornar a oferenda.

Conectar-se com a grande mãe, é conectar-se com a abundância e alegria da vida, por isso é importante “dar de comer à Terra” com o agradecimento no coração, por tudo que se recebe e por tudo o que se doa. É um ato de conexão, de amor, de doação e de recebimento.

A civilização dos Maias fazia oferendas aos deuses, buscando sua proteção e graça, mas nada era feito sem uma purificação pelo jejum e pela abstinência, além de uma consulta prévia aos sacerdotes que decidiam os dias favoráveis para o evento.

As oferendas continham pratos elaborados com bolachas, pozol (tipo de polenta), grãos de milho, de abóbora e de feijão, um peixe, uma tartaruga, um peru ou um cervo e muitas flores. Os mais afortunados ofertavam penas de quetzal, peças de jade, lâminas de obsidiana ou de sílex talhadas.

No Candomblé as oferendas através de comidas oferecidas aos Orixás são sagradas e imprescindíveis. Quando devolvidas à terra ou à água transformam-se no húmus fertilizante que auxiliará na geração de novas vidas. Quando os pássaros, por exemplo, carregam esta alimentação para outros lugares, estão realocando as sementes que germinarão em outras paragens. Nesse momento está se concretizando uma das formas de transferência de Axé.

Comer desses alimentos também constitui uma forma de receber o Axé. Durante o oferecimento das comidas são realizadas saudações e entoados cânticos, invocando a força dos Orixás e pedindo que eles aceitem o que lhes é entregue. Essa oferenda, então, passa a estar impregnada de toda força invocada, que também é Axé. Deve-se comê-la com concentração e em silêncio, pois é um ato sagrado.

Oferendas aos Caboclos de Xangô 
Melhor dia: Quinta-feira - Horário: Hora de Júpiter
Local apropriado: cachoeiras ou pedreiras

Material
· Alimentos: batata doce; espigas de milho verde; abóbora; postas de côco maduro;
· Frutas: Manga, carambola
· Bebidas: vinho branco com leite de côco ou cerveja preta
· Flor: Cravo, Lírio e Palma branca
· Erva: caruru
· Fumo: Charuto ou cigarro de palha e fósforos.
· Recipientes: Pratos/travessas, tigelas e pires branco de louça, madeira, palha ou papelão.
· Pemba: Branca.
· Toalha: Pano de 50 x 70 cm na cor verde
· Velas: Pares para pedidos de ordem material e ímpares para pedidos de ordem moral, espiritual, etc.

Arrumação
· Cozinhar a batata doce, a espiga de milho e a abóbora em água sem sal e arrumar em pratos ou travessas cobertos com caruru, assim como as postas de côco maduro.  Colocar o vinho branco com leite de côco ou a cerveja preta em tigelas de louça branca; velas em pires brancos sobre o pano. Por último acende o charuto ou o cigarro de palha dando 3 baforadas e deixando aceso sobre a caixa de fósforos aberta.


Obs.Grau de Guias: só aceitam flores e velas na toalha.


Ponto Riscado

Um comentário:

Anônimo disse...

Esses pontos são de fitas cassetes?