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quarta-feira, 29 de junho de 2022

MISTÉRIOS E PRÁTICAS DA LEI DE UMBANDA - Mediunidade

MISTÉRIOS E PRÁTICAS DA LEI DE UMBANDA - W. W. DA MATTA E SILVA (Yapacani) 2 EDIÇÃO - LIVRARIA FREITAS BASTOS S.A. – Págs.: 71 á 74 

Conheça alguns dos terreiros da Raiz de Guiné:
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A mediunidade 2ª parte

Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também, costumam cair ou baquear por três coisas: — excesso de vaidade, ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da mediunidade e SEXO, ou seja, pelas ligações amorosas com o elemento feminino na DEPENDÊNCIA dos terreiros — deles, médiuns...

Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns, dentro do 1° e 2° caso, costumam voltar a linha justa, depois de convenientemente disciplinados pelos seus protetores. Para uns, apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se necessário severos castigos etc., para se reintegrarem e finalmente receberem o perdão, visto terem deixado de lado tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo dinheiro fácil, “do santo”...

Porém, para esse 3° caso, o perdão — salvo condições excepcionalíssimas — é difícil, é raro... Quando, por via das condições excepcionais em que aconteceu o erro, alguns tem sido perdoados de consequências maiores, mas uma coisa é certa: — geralmente sao abandonados pelos seus protetores, isto é, “o caboclo, o preto-velho” não volta ao exercício mediúnico com eles — os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo desrespeito as coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus “congas” e, portanto, sagradas...

Não adianta a esses tais “médiuns-decaídos”’ quererem empurrar, teimosamente, nos outros, “‘o seu caboclo, o seu preto-velho”... Uma mancha negra persegue-os, não se apaga, ninguém se esquece do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de muita boa vontade, acabam sempre duvidando de suas “mediunidades, de seus protetores etc.”...

Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um médium segurar por toda sua vida terrena a proteção de suas entidades afins, e a sua conduta reta em todos os setores, e a sua MORAL, especialmente no seio familiar...

E como estamos falando da mediunidade na Umbanda, é claro que temos de abordar, também, certos ângulos da Iniciação, desenvolvimentos, preparos etc...

Comecemos por definir o seguinte: — “ninguém, nenhum babalorixá, tata ou médium-chefe” por mais forte que seja, “bota um espírito na cabeça de ninguém, isto é, ninguém faz cabeça de ninguém’’... mormente no sentido de implantar um dom mediúnico.

A faculdade mediúnica é, de fato, um dom, uma outorga que a criatura tem de berço, ou seja, traz ou trouxe consigo do astral, antes de encarnar — vem com esse compromisso e para isso e necessário que se tenha submetido as indispensáveis adaptações energéticas em Seu corpo astral, a fim de que, quando ligado a natureza humana, esse dom, essa mediunidade, encontre as condições apropriadas para se manifestar, se revelar, no devido tempo.

Então — para que desenvolver? Para que a Iniciação? Esclareçamos...

Ninguém entra em desenvolvimento mediúnico, para “desenvolver” uma faculdade que não tem, porque não trouxe como um atributo de seu carma, na encarnação do momento...

Ninguém “desenvolve’ mediunidade sem que a tenha de fato e de berco... e se alguém a tem, comprovadamente, então deve desenvolve-la, isto é, deve adquirir conhecimentos, deve criar maiores ou melhores condições psíquicas, orgânicas etc., para sustenta-la, para fortalecê-la, a fim de que os espíritos possam usar essa mediunidade, com mais segurança e trabalhar com maior proveito para todos, num maior campo de ação...

E isso que entendemos e sabemos ser a realidade... pois o desenvolvimento do médium, próprio da Corrente Astral de Umbanda, implica diretamente no que se pode entender ou qualificar com Iniciação...

Porque, a par com as manifestações sistemáticas de seus protetores ou guias — do médium, é claro — ocorre, em relação com isso, uma série de ligações, fixações e movimentações extraordinárias de elementos e forças de tal natureza, que se impõe esse desenvolvimento, essa Iniciação...

Então, a Iniciação na Umbanda existe como corolário da função mediúnica, como uma necessidade que se impôs, para sustentáculo do dom ou das faculdades mediúnicas espontâneas... e mesmo por causa dessas fixações, desses movimentos com determinadas forças etc...

Mas, pela ordem natural da Corrente Astral de Umbanda, quem faz os Iniciados ou iniciandos é a Entidade Espiritual — caboclo ou preto-velho — que incorpora no médium ou mesmo que o assiste através de uma faculdade mediúnica qualquer, comprovadamente, ou então, esse mesmo médium, se ele tem Ordens e Direitos de Trabalho, dados pelo ASTRAL que o assiste. Em suma: — se o médium for um Iniciado pelo astral, ele pode botar a mão na cabeça de outros médiuns, prepara-los, desenvolvê-los, educa-los, inicia-los, sacramenta-los e transmitir as ditas ordens e direitos de trabalho sobre eles... -

Fora disso, o mais é pura TAPEAÇÃO...

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