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terça-feira, 28 de junho de 2022

Mistério e práticas da Lei de Umbanda - Mediunidade

MISTÉRIOS E PRÁTICAS DA LEI DE UMBANDA - W. W. DA MATTA E SILVA (Yapacani) 2 EDIÇÃO - LIVRARIA FREITAS BASTOS S.A. –  Pags: 68 á 71

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A mediunidade 1ª parte

Comecemos por definir, a nosso jeito, o que é um médium... O médium além de ser “um mediador entre os homens e os espíritos, um veículo dos espíritos etc.”, é, incontestavelmente, uma criatura dotada de faculdades supranormais...É uma criatura anormal, se compreendermos nesse termo, não o sentido de anormalidade mental, como distúrbio ou desequilíbrio, mas, sim, no puro sentido da criatura que, por força de faculdades extraordinárias, especiais, entra, constantemente, dentro de condições psico-astrais, neurossensitivas, emocionais, e até orgânicas ou físicas, diferentes das comuns etc.

O médium é, portanto, uma pessoa dotada de condições psiconeurossensitivas tais, que o faz vibrar sempre, de forma diferente dos outros ou da forma considerada como “a de encarar as coisas, de sentir certos aspectos da vida, certas condições humanas, dentro das atitudes comuns as outras pessoas...

O médium de fato é, indubitavelmente, uma criatura que precisa de ser cercada de cuidados especiais, sobre todos os aspectos, inclusive o da educação moral-mediúnica, para que ele possa, realmente, chegar a exercer regular e proveitosamente o seu dom, ou seja, as suas faculdades supranormais.

É preciso não esquecermos que o dito médium esta Sujeito a toda sorte de influenciações ou vibrações, quer mentais ou de sobrecarga de pensamentos exteriores, quer espiríticas-astrais e cósmicas propriamente ditas, pois mesmo que ele seja ou esteja dentro da pura condição mediúnica de ser um aparelho de simples incorporação dos espíritos, nunca uma faculdade vem restrita a ela mesma, sempre se faz acompanhar de uma outra faculdade qualquer e geralmente o sensitivo do médium entra em atividades extraordinárias.

Ele é um imã, uma antena, mormente se está na condição de um carma probatório — que é o caso da maioria dos médiuns, os quais não tem ou lhes custa adquirir as forças de autocontrole, autodefesa etc. Somente os médiuns de carma evolutivo e missionário, como iniciados que já são, estão dentro dessas condições positivas, que adquiriram através de um longo processo de maturação espiritual... No entanto, também não estão livres de certos impactos, apenas tem os elementos próprios para uma pronta reação.

Ha de se reconhecer por tudo isso que, se o médium está sujeito a essas injunções, próprias de sua natureza mediúnica, não deixa de estar, também, sob a constante atenção de seu mentor ou guia espiritual, sempre disposto a ajudá-lo e a livra-lo das influenciações exteriores, dos ataques do astral etc., desde que mantenha a linha justa ou a moral mediúnica indispensável as boas relações entre ele — o médium — e o seu guia ou protetor espiritual...

Então se o médium tem, de fato, os positivos contatos de suas entidades protetoras, porque segue a linha justa dentro da moral mediúnica, mesmo que sua mediunidade seja de reajustamento ou resgate de seu carma probatório, “não há lagrimas”, sofrimentos, não há embaraços ou distúrbios espiríticos astrais decorrentes ou por força do exercício de seu dom ou de suas faculdades...

Assim é que, tudo para ele vai-se transformando em paz, em satisfações e a sua mediunidade passa a ser o seu Caminho de Luz Redentora, passa a ser o balsamo maravilhoso que está curando, sanando ou amenizando todas as suas mazelas cármicas, porque ele — o médium — entrando na faixa vibratória da Lei do “quem semeia colhe” e do “dando é que recebemos” etc., pois que se presta ao exercício de sua mediunidade, com toda boa vontade, cooperando mesmo com suas próprias forças ou conhecimentos como um acréscimo, ele se eleva ao merecimento de receber as correspondentes condições positivas, por tudo que fez e faz... porque essa é a eterna lei da recompensa... espiritual ou divina.

Então, tudo isso que expusemos acima, bem lido e meditado, podemos ressaltar agora a maravilhosa condição de ser médium da Corrente Astral de Umbanda, ou seja, ser um veículo desses tão decantados caboclos, pretos-velhos etc... sem querermos com isso desmerecer, nem por sombra, os médiuns cuja faixa vibratória ou afim os situam em outras correntes etc.

Sabemos que ser um verdadeiro médium de Umbanda não é um atributo fácil de ser identificado nas pessoas. Dizemos assim, por experiência própria e, sobretudo, porque temos levado a nossa vida estudando e pesquisando esse assunto. Sabemos ainda, por força dos ensinamentos de nossas entidades mentoras, que entre 100 espíritos que vão encarnar (no Brasil) portando um dom mediúnico qualquer, apenas um vai exercer esse dom, diretamente, na Corrente Astral de Umbanda... isso num simples exemplo de relação...

Não queremos dizer com isso, que pelo fato de uma pessoa ser médium ou veículo de um caboclo ou preto-velho etc. esteja isenta das injunções de seu carma, isto é, que a proteção de uma entidade espiritual possa afastar dessa pessoa — desse médium — todos os seus reajustes cármicos, com tal ou qual sofrimento, provas, etc.
Não!

Mas que essas entidades protetoras do médium, em face de sua conduta digna, elevada e de grande boa vontade no exercício honesto da mediunidade, em prol da caridade, tem conseguido obter nos Tribunais do Astral muitas isenções cármicas para seus aparelhos, isso podemos garantir. Nós temos provas pessoais disso...

E depois, quando se tem de fato os contatos positivos desses preciosos irmãos do astral e se faz, por via deles, muitos benefícios, a criatura-médium passa a viver cheia de satisfações interiores, dentro de um estado d’alma sereno, confiante, sem falar de muitas outras condições que eles podem proporcionar.

Consideramos, portanto, altamente confortador, ser um médium de caboclo ou preto-velho — desses verdadeiros amigos, que nos amparam por baixo e nos esperam em cima, quando desencarnamos, sempre de braços abertos...

E a prova irrefutável disso tudo que estamos afirmando, podemos dar agora mesmo, no simples fato verificável de que “todo mundo” quer ser médium na Umbanda, quer receber espíritos de caboclos, pretos-velhos, etc. Fazem questão, vivem “‘desenvolvendo” — a maioria, tão-somente com essa única finalidade... e por quê? Porque eles sabem que é uma verdade isso que afirmamos acima. Consideramos também uma verdadeira desgraça, quando um médium de caboclo ou preto-velho perde a sua proteção por erros ou repetição de erros, isto é, por causas morais.

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