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“Aceitar a
presença dentro de si do imigrante europeu, do índio dizimado, do negro
escravizado, é reconhecer que se é ao mesmo tempo explorador e explorado,
carrasco e vítima, rico e miserável, justo e injusto”. -
E, assim, a
visão sociológica do problema, com aguda percepção filosófica, aproximou-se da
realidade espiritual então reinante e de seu grande impasse real:
- Como reunir
outra vez na paz, na concórdia e no perdão, os carrascos e as vítimas, os
justos e os injustos? -
A resposta do
Astral a esse dilema foi a reunião, em um novo nível espiritual, dos diversos
valores religiosos do europeu espoliador, do índio dizimado e do negro
escravizado, de modo que a aceitação geral fosse possível e que cada um tivesse
o que aprender e que ensinar.
A Umbanda
Esotérica está para a Umbanda Popular assim como a flor está para abelha, a
quem atrai e alimenta, recebendo, em troca, a dispersão de seu “pólen”.
A Umbanda
Esotérica não é uma subdivisão da Umbanda Popular; fruto da vivência
Iniciática, ela é o eixo direcional da metamorfose religiosa nacional, que vai
elevar a Umbanda à sua forma mais estável.
Contém em si
mesma, a TRIAGEM e a FUSÃO dos mais representativos conceitos religiosos
extraídos das raízes esotéricas - a ameríndia, a melanida, a ariana e a
heleno-semita - que compõem a Umbanda Popular.
Por seu
turno, a Umbanda Popular, por ser a sua teoria mais simples e acessível, toma
agora um cunho de religião nacional e temos a premonição de que num futuro não
muito distante, ver-se á a primazia do CABOCLO sobre o PRETO VELHO, uma vez
que, como o seu próprio nome já indica, ele não é Branco, nem Índio e nem Negro:
ele é o CABOCLO BRASILEIRO.
Ivan H. Costa/Mestre
Itaoman
Da obra PEMBA A
GRAFIA SAGRADA DOS ORIXÁS
EDITORA
THESAURUS
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