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sábado, 8 de novembro de 2008

Vozes sobre Umbanda.
De: W.W. da Matta e Silva

Silencioso, na humildade do Conga, trabalhava, carregando a Missão da noite escura das Dívidas, a alvorada do Resgate, quando vi seus clarões iluminarem mais um "caminho" por onde minha alma extenuada tinha que passar, mas, antevendo os desenganos, vacilava.
Porém... o chamado era imperioso e dizia: anda, vai, escuta, observa e cumpra a tua parte.
E assim sendo, fui e cheguei. Pus-me a escutar as "Vozes" que falavam de Umbanda. De umas, as palavras fluíam eloqüentes, empolgavam pelo conhecimento, buscando origens e explicações ... era a "cultura da doutrina".
De outras, o Verbo se espraiava vibrante, mostrando causas e coisas, citavam exemplos e interrogavam... era a ânsia de Saber.
De outras mais, que refletiam inteligências de mentes ágeis explanando teorias belas, em cujas "imagens" se podia identificar o reflexo... dos Livros. E ainda outras se fizeram ouvir, veementes na imposição do "Eu Sei" emissora de vagas concepções...
E todas pareciam penetradas pela Fé. Entretanto, a tristeza, filha da decepção, apoderou-se de mim e fez com que descobrisse o porquê. Então elevando o pensamento ao Astral, foi clamar angustiado:
...Oh! Senhora da Luz Velada, Umbanda de Todos Nós.. Faltam aqui as "Vozes" daqueles que são teus filhos diletos... Poderias Tu levar aos "quatro ventos", pelo som dos clarins da Falange de Jorge, uma pequenina e humilde "voz" com essa mensagem?...Ogans, "Babas", Pais-pequenos, Mães-pequenas, médiuns que o forem de fato e direito, meus desconhecidos Confrades. Onde Estais?

Desçam de suas "Tendas" de sonho e perfume e venham "ver" e ouvir a Realidade... Por acaso não chegaram a seus ouvidos as notícias do que "esta se passando"? Se não, ouçam e "entendam" o que quero dizer: Nós, que somos os trabalhadores de todas as noites, veículos desses "Orixás" que nos ensinam a existência dessa mesma Umbanda; nós, primeiros a ser esclarecidos em seus fundamentos, que amassamos ser "pão de cada dia" e nos sentimos ferir em seus "espinhos”... Nós que somos os mais indicados a distribuir suas Pétalas... Pois, sabemos, ELA existe no Jardim da Luz e do Merecimento, aspergindo sua essência aos sequiosos e aflitos que buscam seu Seio como guarida.
Assim, devemos reconhecer essas Verdades e "despertar" do ridículo em que ficamos quando certas interrogações nos são feitas do porquê - "em cada canto a coisa é diferente"?
Unifiquemos, "pontos-de-vista", para não darmos o triste espetáculo, visto e revisto do "cada um por si" com uma banda própria...
Sim...porque APENAS numa coisa somos unos, é na FÉ...e fortalecido nela, com a vontade irmanada a um ideal, na inspiração de algo que está em mim e não é meu,ouço sempre uma "VOZ", súplice, dizer...Oh! Senhora da Luz Velada!, Tu, que acalentas nos braços os sofrimentos de todos os Planos, desvelando e dando a cada um, segundo seu grau, as verdades que estão em Ti...olha e vigia "ESSES" que vão ser encarregados de colher Teus ensinamentos...não permitas que, nessa hora, Teus "Congas" permaneçam mudos, pois, BEM O SABES, quase todos estão "quietos", testemunhas silenciosas de "panoramas e cenários"...aí, quão doloroso é senti-los assim... E por quanto tempo ainda...Oh! Umbanda! Teus "Congas" ficarão "em funeral"?







Conversando com o Mestre Aramirim/ No Salão

Discípulo: Paz e Luz, Mestre Aramirim. Saúdo a sua Raiz.
Mestre: Paz e Luz, caro filho, irmão e companheiro milenar.

Discípulo: Mestre, o que os umbandistas buscam, além da prática da caridade, nos terreiros de Umbanda?
Mestre: Unir a médio e longo prazo, as partes separadas, a milênios, da Proto Síntese Relígio-Científica: Religião, Filosofia, Ciência e a Arte, tão bem representada na simbologia da Pirâmide de Quéops e na própria Esfinge e tudo sob os auspícios do Astral Superior e sob as bênçãos de Cristo - Jesus.

Discípulo: Será possível me falar um pouco mais sobre a Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino?
Mestre: É sempre muito bom falar sobre a mesma. Esta é uma corrente espiritual, com ligação aqui no nosso plano, de forma velada, junto a todas as religiões. É uma espécie de Grande Confraria de Espíritos Ancestrais, do planeta Terra, oriundos das raças: vermelha acobreada, negra, branca e amarela.
Esses são grandes líderes, patriarcas, mestres, avatares, verdadeiros guias da humanidade em todos os tempos.
Fundaram na Terra várias religiões positivas, escolas esotéricas e colegiados.
Citaremos no momento como exemplo: Rama, Melquisedec, Moisés, Buda, Maomé, Krisna, Lao Tse, Gandhi, Chico Xavier, São Francisco de Assis, Ramatis, Zarthu, José de Arimatéia, alguns Pajés, Babalawôs e outros grandes condutores do espírito humano.
Devemos recordar sempre que elitismo, dogmatismo, separação, vaidade, orgulho, fanatismo doentio é coisa da Terra. Lá, no Mundo da Paz e da Luz, não existe isto, todos comungam uma só Lei, a de Deus, Nosso Pai Supremo, confirmada pelas palavras do Cristo - Jesus: “Os meus discípulos são conhecidos por muito se amarem.”

Discípulo: Então todas as Entidades de Umbanda dela fazem parte?
Mestre: Não. Nem todo nossos queridos irmãos do Astral que trabalham dentro da Umbanda, a ela pertencem, como membros efetivos. Somente as entidades da vibratória de Xangô estão ligadas diretamente a ela. Esta Corrente, de extrema Luz, apóia os que na Umbanda doam Paz, Luz e Amor, exemplificam o perdão, e não fazem de nossa querida mãe um trampolim para as alturas materiais, um palco de ilusões e um festival de formas. Sabem usar o necessário com precaução e inteligência, iluminadas pelo Astral, para sermos escolhido e depois aceitos.

Discípulo: Qual é a função do Arcanjo Mikael, neste contexto?
Mestre: Ele é um dos diretores superiores do Karma terráqueo.
A Corrente das Santas Almas Benditas do Cruzeiro Divino, possui as falanges de Ação e Reação deste Karma, ao comando deste citado Arcanjo, que por sua vez é comandado pelo Orixá Xangô e é lógico que recebe ordens do Cristo Planetário, o Senhor Jesus.

Discípulo: Por que existem tantas variações de rituais na Umbanda?
Mestre: Por causa da grande variação de graus de consciência e entendimento, de nossos irmãos praticantes e freqüentadores.
Todos praticam e recebem de acordo com que merecem. E isto está ligado, de certa forma, as palavras do Senhor Jesus: “A cada um de acordo com suas obras.”


No campo mediúnico, e de comando, a lei diz: “O homem deve renunciar aos apegos materiais deste mundo e transformar sua mente e sentimentos para melhor. Se realmente, quer ter acesso as verdades esotéricas.”


Discípulo: É possível citar uma regra para se um tornar um Mestre, com “M” maiúsculo, na Umbanda?
Mestre: Sim. Aqui lhe dou algo muito antigo, mas muito válido extraído de autor desconhecido: “Não nos transformamos em Mestres porque sabemos repetir e copiar aquilo que os verdadeiros Mestres fazem ou fizeram. Para tal é preciso mudar tudo, absolutamente tudo, em nossas vidas, para melhor no campo Espiritual, mental e sentimental.
É preciso refletir, analisar e pensar em nossa vida atual. Quem somos? Qual o exemplo que dou para minha família e para a sociedade que faço parte?
Como sou dentro da minha profissão?
Como sou no fundo do coração e de Espírito?
Estou realmente ajudando as pessoas ou estou inventando o que não existe?
Ajudo quem me procura sem cobranças monetárias e bajulações? Sou sincero mal, educado?
Que tipo de palavras uso no terreiro, na rua, na sociedade, na profissão e no meu lar?
Sou pessoa tranqüila, calma, ou um descontrolado e desequilibrado?
Que tipo de trabalhos de Umbanda prego e faço no terreiro e na natureza?
A minha vida sexual é normal?
Sou ou não, um cristão na pura expressão da palavra?
Invento macumbas onde elas não existem?
Minha mediunidade é uma profissão? Digo que todo mundo é médium? Invento obsessão e “encostos” onde eles não existem?
Minha parte consciente não anda falando mais do que os espíritos que recebo?
Até onde posso pagar karmicamente por este tipo de erro grave?
Caro discípulo é necessário descobrir nossa própria Paz e Luz ou então passaremos o resto de nossas vidas aqui e também lá do “outro lado” como uma cópia mal feita, um pálido reflexo, do que fazem, os verdadeiros Mestres e Médiuns iluminados.
Por hoje ficamos aqui, com as graças de Nosso Pai Supremo e do Cristo - Jesus, recordando sempre, que a Umbanda não exige santos, mas também não aceita kiumbas vivos. Que Pai Orixalá o ilumine agora e sempre.
Discípulo. Muito obrigado por tudo. Aprendi muito, tanto, para agora e como para o meu futuro, na Umbanda e na vida. Paz e Luz para o senhor. Até a próxima vez. Sua benção meu Mestre, meu Pai e meu Amigo.

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