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segunda-feira, 25 de julho de 2022

A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios - RICARDO LINDEMANN

A Ciência da Astrologia e as Escolas de Mistérios - RICARDO LINDEMANN

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Virgem e Peixes 3ª PARTE FINAL

Na Era de Peixes, nos últimos dois mil anos, aproximadamente, do ano zero ao ano 2000, e principalmente no núcleo do ano 500 até 1.500, que tivemos o maior predomínio do Peixes e, portanto, um sombreamento do oposto que é o signo de Virgem, a representar as Ciências Naturais. Naquele núcleo da Era de Peixes até se proibiu a análise ou Investigação mais detida da Natureza, houve até proibições para a dissecação de cadáveres visando o estudo da Anatomia. Vale lembrar que Leonardo da Vinci for um dos primeiros anatomistas que pesquisaram esse aspecto da Natureza nc homem.

Então, o signo de Virgem tem essa característica de necessitar da análise, da investigação pelo fato, pela prova de uma evidência concreta, e isso está relacionado a Ciência, que de alguma forma na Era de Peixes foi colocada em segundo plano, sendo até perseguida.

Cientistas chegaram muito perto da fogueira e houve o caso trágico de Giordano Bruno, que morreu em 17 de fevereiro de 1600, apenas por se posicionar de uma forma mais corajosa contra as posições arbitrarias dos dogmas da Igreja que era inquestionável na época. A Santa Inquisição assim chamada o queimou vivo na fogueira até a morte. Esses são simbolismos do que a era de Peixes chegou a produzir, ultrapassando todos os limites numa devoção cega.

Por outro lado, a Ciência assim se desenvolveu de alguma forma com traumatismo de infância, quando ela surge a partir do método científico em tomo dos séculos XVI e XVI], temos as contribuições de René Descartes (1596-1650), e de vários outros pensadores, como Francis Bacon (1561-1626). Assim foi se criando o método científico, que vem a caracterizar o ressurgimento coletivo da Ciência com um impulso de Virgem, pela sétima casa (Signo Descendente), no final da Era de Peixes. Na Era de Aquarius nós temos a Era do Saber porque esses dois polos da Religião e da Ciência vão se reintegrar.

Dessa forma, é dito no Princípio da Polaridade que "Todas as verdades são meias-verdades e todos os paradoxos podem ser reconciliados”, e também é dito na tradição hindu, nos Foga-Sutras de Patañjali, que e a base da meditação no Yoga: "Quando a mente é perturbada por pensamentos impróprios, a constante ponderação sobre os opostos é o remédio".

Portanto, se um virginiano por um esforço da sua meditação, nem que seja a concentração nos arquétipos do signo de Peixes, num certo momento tiver pelo menos um vislumbre daquela visão pisciana do Todo, mais desprendida das preocupações, ele verá que sob o ponto de vista de Peixes os seus problemas não existem. A partir desse ponto de vista a vida é cíclica e repetitiva e na verdade nada importa muito, e a maioria das coisas não importa absolutamente nada, como dizia o Bispo Leadbeater. Essa €, talvez, a visão pisciana da Natureza.

Por outro lado, se um pisciano não consegue resolver seus problemas práticos, não consegue pagar suas contas e a sua vida esta enredada em uma serie de confusões emocionais porque ele não consegue dizer não para ninguém e estabelecer critérios e limites, seria útil que se concentrasse e meditasse no signo oposto, no signo de Virgem, para conseguir talvez, vislumbrar toda aquela natureza discriminativa, ele perceberia que sob o ponto de vista de Virgem os problemas piscianos não existem.

Virgem tem criterio para tudo, não deixa as coisas simplesmente se embrulharem de uma maneira confusa, consegue classifica-las no seu devido lugar e estabelece limites nas suas relações, pois tem a virtude do discernimento. Discernir e justamente separar a casca do cerne, e não se preocupar talvez so pela aparência, mas 1r ao âmago da questão, enquanto que o signo de Peixes ja tem mais uma garantia de amor, de compaixão, ele esta preocupado não em estabelecer critérios separadores ou discriminativos, mas sim em compreender e perdoar, porque isso lhe auxiliara em suas relações e em sua vida. Então, existe na vida essa dupla polaridade no eixo Virgem e Peixes que € complementar.

Num sentido, a encarnação tem um certo valor, e temos que dar a ela o devido trato, porque afinal de contas a morte vira. Esses signos são signos de fim de ciclo e justamente estão a nos levantar questões sobre o sentido da vida.

O signo de Virgem representa o final do trato intestinal, a separação do que é nutriente e do que é excedente, aquilo que de alguma forma após a morte também é feito, a alma irá assimilar aquilo que é útil, no que os antigos chamavam de ceu; e lançar fora aquilo que não lhe trouxe crescimento, no que os antigos chamavam de purgatório. E esse resíduo e o que alguns chamam de karma, levando o signo de Peixes, que é o último signo do Zodíaco, a prender a pessoa para um novo ciclo, que os antigos chamavam eventualmente de reencarnação.

O entendimento do sentido de Peixes de verificar-se como se recomeça um novo ciclo depende de nos termos compreendido a visão integrada de como aquele ciclo de fato terminou. E como um fechamento para balanço, e nesse sentido estamos a sugerir que existe também esse karma coletivo, como também elemento de um sacrifício pessoal por uma transcendência ou compreensão de que as coisas desse mundo são passageiras, mas as coisas relacionadas ao amor da alma, além da aparência, essas é que são, realmente, duradouras.
Assim dizia Jesus: "Naquele dia sabereis que Eu estou em meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós"”

Quando chegamos nos últimos extremos, em Virgem e Tome e em Peixes e Bartolomeu, vemos no mural que Virgem tão preocupado com os detalhes, como podemos ver no olhar de São Tome para o seu próprio dedo, que mal enxerga o Cristo porque ele so vê seu próprio dedo. Ele está tão preocupado com o detalhe que ja não vê mais a grandeza da Divindade em sua presença.

Porém, se formos perguntar a Bartolomeu para onde ele esta olhando, ele vai responder han”, hem?, olhando o que? quem? Ou seja, aquela sensação de que ele está tão perdido na contemplação do todo e isolando-se num mundo criado por sua própria personalidade, que o mural sugere que ele ja esta pronto para retirar-se, para sair correndo, já está no canto da mesa meio de pe, e ao mesmo tempo ele parece não estar se comunicando com o resto do mural, apenas numa contemplação à distância do todo.

Portanto, nos costumamos dizer que Virgem sofre de um certo tipo de miopia espiritual enquanto que Peixes sofre de uma hipermetropia espiritual e não percebe mais a distinção entre os detalhes. Dessa forma, os problemas do signo de Peixes vêm por uma certa promiscuidade emocional porque ele se envolve com as pessoas, não sabe estabelecer limites, não sabe onde começar e terminar as coisas, e nisso ele se enreda em confusão.

Ao contrário, o signo de Virgem estabelece limites muito rígidos, ele e muito perfeccionista e não sabe transigir, tolerar, não sabe contornar as dificuldades, excedendo-se as vezes na crítica Dona Emy costumava enfatizar na sua obra Luz e Sombra, quando comentava que nós não deveríamos criticar ou julgar outro irmão antes de caminhar sete dias nas suas sandálias. Então, como Peixes rege os pés, tem exatamente a característica do perdão porque sabe ali, exatamente, caminhando no lugar que o outro caminhou, colocar-se no lugar em que o outro se encontra, sabe perdoar.

Essa é a grande mensagem do signo de Peixes, enquanto que Virgem da o contraponto equilibrando os limites das nossas relações e dando o sentido de uma busca evolutiva para a perfeição que é o objetivo final da vida.

Referências bibliográficas
1) TRÊS Iniciados. Caibalion. São Paulo, Pensamento, 1987. p. 22.

2) Ibidem, p. 22.

3) Ibidem, p. 22.

4) Ibidem, p. 22.

5) Ibidem, p. 22.

6) TAIMNL I K. 4 Ciência do Yoga. Brasília, Ed. Teosófica, 1996. p. 185.
(st 11-33)

7) BIBLIA de Jerusalém, A. São Paulo, Paulus, 1995. p. 2024. (João 14:20

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