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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DESDE 1992 NA PRATICA DA CARIDADE

ANO: 11                          DEZEMBRO:2011                              NUMERO:62



Feliz Natal e um Prospero Ano Novo.


 
A todos os leitores do Informativo Aba Tinga
Desejamos um FELIZ NATAL e um ANO NOVO com fartura material e espiritual
Que Oxalá abençoe a todos
Que Ogum abra os seus caminhos
Que Oxossi dê o bálsamo renovador
Que Xangô corte todas as más influências
Que Yori possa adoçar seus corações
Que Yorimá traga a paz interior
Que nossa Mãe Yemanjá cubra a todos com o seu Divino Manto de Amor.
Que Os Exus Guardiões possam escudá-los hoje e sempre.
Que assim seja!

Conversando com o Mestre Aramirim / no salão

Discípulo: Bênção meu pai e amigo inesquecível.
Mestre: Que o senhor dos Mundos e de todos nós o abençoe agora e sempre e bem assim como toda a Humanidade.

Discípulo: Mestre, às vezes fico pensando no que está sendo ensinado aos chamados candidatos a médiuns na nossa Umbanda Esotérica por este nosso Brasil afora: realidades, sonhos, ilusões, fantasias, crendices ou fetiches? O que será dela no futuro?
Mestre: É difícil falar sobre este tema. Também eu fico a imaginar a reação dos “vendilhões dos templos” tão citados pelo Senhor Jesus, quando tomam conhecimento do que pudemos nesses quatro anos e meio lhe passar. Em vários terreiros, existe a crença de quanto mais fanáticos e cegos forem os “cegos” melhor porque dão menos trabalhos e fazem menos perguntas.

O perigo disso está na cobrança cármica que é algo nada desejável para os vendedores das chamadas perdidas ilusões. Pobres irmãos, tão necessitados da verdadeira Luz de Aruanda.

O que eu posso fazer?  Só posso mesmo é rogar por eles para que acordem enquanto é tempo.
Muitos são os irmãos nossos deste caminho que são retratos vivos de uma figura simbólica do Jogo do Tarô, a carta de número 22, O Louco. Esta mostra um indivíduo que vai caminhando em direção a um abismo na sua frente e não o vê. Ele está deslumbrado!  Assim só vai olhando para cima sem ver a realidade do caminho. Veja que ele traz amarrado num bastão uma sacola que contém o pouco que conseguiu ganhar de conhecimento e experiência, dentro do espiritual como também na vida material. Veja que um cão – símbolo dos melhores e verdadeiros amigos deste homem tenta puxá-lo para trás, mas em seu desvario ele segue firme em direção ao despenhadeiro. É só questão de tempo.

Discípulo. É triste tal situação. O preto-velho que misericordiosamente e carmicamente me assiste, me mostrou que eu ia cair no abismo. Graças a Deus acordei a tempo. Joguei fora minha sacola de ilusões e busquei um caminho melhor que possui também algumas pedras e obstáculos, como todos deste mundo ilusório da matéria, mas não tão grandes e pontudas como as que eu vi na estrada antiga que caminhava.
 
Mestre: Comigo também foi assim e olha que não tinha muitas pedras e espinhos. Tive uma luz que me foi doada por um casal de pretos-velhos era como  um farol. E, neste novo rumo, por mim tomado, fui guiado por um autêntico Mestre de Iniciação e Sacerdote chamado Yapacani e de nome de batismo: Woodrow Wilson da Matta e Silva.

Em suas primeiras aulas a mim e minha esposa, doadas, sem me cobrar nada material, ele nos exigiu prudência, boa vontade, e melhor uso de nossa então larga experiência de terreiro. Mostrou-nos a necessidade de expulsar de nossas vidas o “Câncer do Espírito”, o maior inimigo do homem e de difícil extinção: o egoísmo. Isso é algo nada agradável para a maioria.

A pergunta é: quem tem a coragem e o desprendimento para largar tudo e começar de novo?  Quem é capaz de expulsar seus amigos mais íntimos e constantes o estúpido orgulho e sua filha vaidade?

A maioria, infelizmente pensa que o grande sucesso é ter bastantes filhos de terreiro e o resto? Para esses, caro discípulo, é resto mesmo.

Discípulo: O senhor poderia me dizer o que seria realmente bom para formar um ótimo médium de Umbanda Esotérica?
Mestre: A primeira coisa é saber quem é médium e quem acha que é médium e de quem quer ser médium de qualquer maneira. Agindo assim evitará à prática comum do incentivo a criação do animismo vicioso.

Em dezembro de 2009, aqui no nosso AbaTinga, falamos  sobre mediunidade. O problema está no que deixou escrito o nobre Kardec, no seu Livro dos Médiuns, cap. XIV, pg 166 (21ª edição) e que é de conhecimento de muita gente, afirmando que todo mundo ou que todas as pessoas são médiuns.

Nós sabemos que ali, (e isso com o nosso grande respeito) vemos que ele começa afirmando uma coisa de uma maneira vaga e no final muda numa espécie de retificação quando afirma acima: “Todo aquele que sente num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium.” E mais abaixo: “Todavia, usualmente, assim só se qualifica aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva etc”

Ora, não obedecendo isso, mediunidade virou uma festa e como se diz por aí: “tome médium para cima e tome médium para baixo e para os lados também”. Quanto mais médiuns, mais famoso fica o terreiro e principalmente quem o dirige.

É comum ver-se a tentativa de fabricação de médium, em muitos terreiros. É um tal de “roda gente pra aqui, roda gente prá lá” e nada. E logo vem a voz de quem comanda meio preocupado em perder mais um no seu grupo:
- “Firma, firma, firma! Você não está firmando direito! O seu problema e é que você não tem fé em Deus! Está vacilando muito! Vai ver que não está tomando os banhos de descarrego que lhe receitei”.  E então é um tal de tomar banhos, defumações, etc., etc., etc., e um tal comprar ou fazer guias para colocar no pescoço. Tem até aquelas que são vendidas na Bahia, outras nas barrancas do Rio Amazonas, guias dos pajés, indígenas, que estão por este Brasil afora vendendo as mesmas.

Ainda tem o bate palma e tem até quem usa tambor ou atabaques para forçar a descida do que não existe e do que não desce. E o líder não quer saber de desculpas a culpa é dos outros não dele, pois ele é infalível. O que quer é mais médium na corrente da casa, pois repito isso dá status, é um tal de ir nas encruzilhadas e faz oferendas e toma banho disso e banho  daquilo (o pior é que geralmente isso custa um bom  dinheiro do pseudo médium) e nada.  O problema é que ele ou ela nunca foi médium. E assim nasce mais um no meio de tanto anímico vicioso no Brasil Umbandista que vai sofrer ou fará os outros sofrerem.

Discípulo: O que podemos classificar como animismo e o maior mal que ele pode fazer?
Mestre: É comum uma espécie de excitação psíquica, de sugestão mística, de “fanatismo” espirítico e é isso que está pouco a pouco liquidando a real mediunidade.  Raros são os médiuns de verdade e que ainda podem ser encontrados pelo Brasil afora.

É preciso que nós, os umbandistas reais vejam e aceitem sem vaidade ou egoísmo que este quadro existe e mostra quanta gente abandonou os terreiros, depois de ficar fazendo coisas daqui e dali e lá no fundo ficou cheio de dúvidas sérias, sobre seu próprio caso dito mediúnico 

Discípulo: Realmente isso está acontecendo nos 4 cantos de nosso imenso e maravilhoso país.
Mestre: Para melhorar isso é preciso que o médium comandante realmente esteja preparado para tal missão e esse preparo tem de vir de “cima” e não dos lados e de forma forjada.

O médium tem de ser realmente identificado através do selo mediúnico, ou mesmo ver se ele ainda está escondido no corpo astral da pessoa, e isso só é visto por uma Entidade no nível de Guia mesmo e não por outro anímico vicioso. Se for mesmo, deverá começar um verdadeiro curso de médium, no caso da Umbanda Esotérica, com aulas praticamente obrigatórias, dadas pelo chefe do terreiro e pelos médiuns mais velhos, escalados para essa missão, pelo chefe espiritual do Terreiro.

Isso é uma missão correta para coisa correta, de gente correta e nunca mais uma aventura dos vaidosos e orgulhosos de plantão no meio, que não querem preparar aulas, pois estão muito preocupados com seus bens materiais. Esses se julgam tão extraordinários médiuns e maravilhosos receptores do mais alto astral que acham que recebem espíritos de tanta luz que não precisam preparar aula nenhuma nem nada. É o famoso sabe tudo.

E ainda tem aqueles que são incapazes de montar um polígrafo de aulas para facilitar a vida de seus médiuns.
Caro amigo, ficamos por aqui. Quero apenas salientar que raríssimo é aquele que faz o que estamos fazendo neste nosso bate-papo umbandístico mensal e em nessas aulas quinzenais, onde os instrutores reais estão no Astral e nós somos apenas monitores. Espero que use isso para bem comum e logicamente de todos os seus médiuns.

Discípulo: Que assim seja, Mestre! Estou nesses quatro anos e meio seguindo com carinho, amor e responsabilidade tudo que o senhor me doa. Reconheço seu esforço. Já estou fazendo isso também. Assim como o senhor buscou e vasculhou nas suas horas de lazer eu estou fazendo o mesmo. O velho dito popular alerta a todos: Quem não pode com mandinga não carrega patuá”.

E como o senhor já citou este ditado antigo, várias vezes, creio que, no mínimo o mesmo deveria ser usado e repetido todos os dias pelos responsáveis por um Terreiro, principalmente da Raiz de Pai Guiné.
Sua benção meu querido instrutor, amigo, irmão e Mestre. 
Mestre: Pai Orixalá o abençoe agora e sempre. São muito poucos como você que me incentivam, na Terra, a seguir, procurando ensinar a arte de comandar e dirigir um terreiro sem invencionice fanática de modismos ou do uso de arcaísmos errados e inúteis. Meu querido filho, até a outra aula, se o Pai Maior permitir.

Vá sempre com Jesus em sua mente e no seu coração e haja sempre corretamente como sempre fez vigiando suas palavras e ações. Não brinque nunca com a vida e reencarnação de quem bate a sua porta. Cuidado com o que diz e principalmente com o que faz no Templo ou na vida profana. E ao cair da noite se olhe no espelho, antes de deitar e pergunte para você mesmo: Eu sou ou não sou um autêntico filho do Aumbhandam, que cumpre o que o Grão-Mestre Matta e Silva nos deixou e que Pai Guiné avalizou? A resposta está dentro de você. 

Desejo a todos os irmãos em Cristo Jesus, Pai Orixalá, sob as benção do Senhor dos Mundos e de todos nós, um Natal, símbolo de uma Grande Iniciação do Espírito, cheio de muita Paz, Luz, Amor e Harmonia, Saúde sempre.




Os Postulados(*) da Umbanda
Por: W.W. da Matta e Silva (Fonte: Doutrina Secreta da Umbanda)
(*) s.m. Matemática Princípio ou fato indemonstrável ou não demonstrado, cuja admissão é necessária
para estabelecer uma demonstração. (Cf. axioma.)Tempo de exercícios e
provações que antecede o noviciado nas casas religiosas.
 
4º Postulado
  (No que diz respeito ao Espaço Cósmico)

Cremos e ensinamos que o chamado espaço Cósmico é o vazio-neutro infinito, ilimitado, indefinido na realidade de sua natureza própria.
 
É o meio sutil, neutro, imponderável, que a substâsncia-etérica interpenetra e, consequentemente, onde as partículas desconhecidas e as qualificadas como íons, elétrons, nêutrons, etc. se agitam na forma dos átomos propriamente compreendidos...
A razão de ser desse espaço cósmico é a própria vacuidade, de natureza extrínseca da substância, dos Espíritos e do Deus-Pai. Portanto, é uma realidade, é uma natureza Incriada.
Sua dita razão de ser é Arcano Divino do SER SUPREMO.
Todavia, o Arcano Maior nos diz: “É a Casa do Pai, ele habita-a também e é o Único que pode ‘percorrê-la’ em sua totalidade, infinita, ilimitada” porque “só o Pai quem pode limitar o próprio infinito”.
Esse Arcano levanta, em relação a essa vacuidade, um duplo sentido, ou seja, uma “divisão” em seu “meio” sutil: a) como o vazio-neutro mesmo, onde a substância-etérica não interpenetrou; onde não há vida própria; onde não habita;onde inexiste quantidade, ou seja, onde nem as mais simples partícula atômica penetrou. Esse aspecto do espaço cósmico é o que a nossa doutrina aponta como o COSMOS ESPERITUAL (vide sua relação direta com o Carma-Causal).
b) O outro aspecto dessa “divisão” aponta-o como o meio sutil desse vazio-neutro, onde a substância interpenetrou, existe, habita. Onde, no príncipio dos fenômenos da criação, ela dominava, em constante estado de explosão (seu moto próprio se convusionava somente até o 1°, 2º e 3º estados  - era o caos permanente. Porque, já o dissemos, o 4º estado já foi obra do Poder operante do pai, por isso que o Arcano diz que a lei natural da substância ou matéria foi coordenada).
Daí, dessa condição da substância-etérica, desse estado (dentro desse meio sutil onde dominava e habita) foi que o Pai criou o UNIVERSO ASTRAL(vide Carma-Constituído).


Próxima Edição: 5º Postulado  (No que diz respeito ao Carma-Causal do Cosmos Espiritual)



Oferenda aos Caboclos de Oxossi (Protetor),
na Alta Magia de Umbanda


Melhor dia: Sexta-feira - Horário: Hora de Vênus
Local apropriado: Na mata sob árvores frondosas
Material
Alimentos: Abóbora, Batata doce, Espiga de milho, Mandioca (aipim). Todos cozidos na água, sem sal, cortado em pedaços.
Frutas: Cupuaçu, Maçã verde cortada ao meio com mel dentro, Melancia cortada em sete pedaços, em forma de triângulo, Nêspera, Pitomba, Sapoti, Tamarindo, Uva moscatel.
Bebidas: Vinho com infusão de casca da Jurema ou com mel de abelhas
Flor: Palma branca; Cravo branco; Dália; Crisântemo branco; flores de Malvaísco
Erva: Folha de hortelã
Fumo: Charuto ou cigarro de palha, Fumo de rolo picado e fósforos.
Recipientes: Pratos/travessas, tigelas e pires branco ou azul de louça, madeira, barro, palha ou papelão.
Pemba: Branca.
Toalha: Pano de 50 x 70 cm na cor azul
Velas: Pares para pedidos de ordem material e ímpares para pedidos de ordem moral, espiritual, etc.

Arrumação
Colocar os legumes cozidos e as frutas em pratos ou travessas forradas com folhas de hortelã; as flores; o vinho e as velas nos pires ou na terra. Por último acende o charuto, dando 3 baforadas.e deixando aceso sobre a caixa de fósforos aberta.

Obs.Grau de Guias: só aceitam flores e velas na toalha.
 
Ponto Riscado na Toalha
Ponto de Imantação de Forças da Vibração de Oxossi

 
Ponto Cantado na vibração de Oxossi

Ô Juremê, ô Juremá
(bis)
Se não fossem os cantos da Jurema
Caboclo de Umbanda
Não vinha cá
(bis)




Perdas. O luto é uma reação normal, fisiológica, psicológica, com começo, meio e fim. Quando perdemos alguém que se ama, passamos por um estado de muita dor psíquica: revolta natural, raiva, ódio e dizemos: porque fizeram isto conosco, porque Deus tirou a vida da pessoa, enfim, interpretamos a perda como um fato contra nós.

Essa atitude é de negação, de recusa a não reconhecer que a morte se impõe como realidade, não é contra ninguém. Do mesmo modo reagimos com indignação quando vemos que alguns dos nossos desejos, projetos, sonhos, não se realizam. Viver nossos lutos é ter humildade para perder, para sobreviver essa dolorosa experiência: daí o luto ter um tempo adequado para nos refazermos do trauma. Como isso pode ser possível?

Chorando, entristecendo e lembrando das situações boas que passamos com a pessoa que se foi, assim como nos acostumando que uma saída para fazer o luto é ter a pessoa dentro de nós. Só se consegue atravessar o luto aquele que pode carregar em seu interior, dentro de si, a pessoa amada e ter saudade dela. A saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa, é um sentimento triste mas integrado para se preencher a falta de alguém ou de alguma coisa. É na saudade que lembramos, que recordamos o bom que alguém nos foi, e paulatinamente vamos retendo na memória a imagem de uma pessoa viva. Aquele que perdemos se mantém vivo dentro de nós, caso o amor tenha predominado nessa relação. Com isso, quero frisar que podemos atravessar essa turbulência sem transformar o luto em depressão ou melancolia.

A depressão é o ódio à perda. A depressão é a impossibilidade de saber perder, ainda que isso seja doloroso. Existem pessoas que se revoltam, que não admitem a falta, que reagem com furor e raiva. E desenvolvem uma atitude de recusa à realidade. Perdem o sentido de viver, não encontram mais força para refazerem sua vida e terminam por pautarem sua existência com queixas, lamentos, revolta e um sentimento de apatia permanente – estamos diante de uma depressão grave ou melancolia. Necessitam de uma psicoterapia e não muito infreqüentemente, de um tratamento com antidepressivo. Em resumo: depressão é realmente ódio à perda.
Lya Luft, poetisa, contista e romancista, em seu belo livro "Para não dizer adeus", Editora Record, Rio de Janeiro, nos brinda com esse profundo poema:

"Perder, Ganhar
Com as perdas, só há um jeito:Perdê-las.
Com os ganhos,
O proveito é saborear cada um
Como uma fruta de boa estação.

A vida, como um pensamento,

Corre à frente dos relógios.
O ritmo das águas indica o roteiro
E me oferece um papel:
Abrir o coração como uma vela
Ao vento, ou pagar sempre a conta
Já vencida.”

Carlos A.Vieira
Médico, psicanalista da Soc. de Psicanálise de Brasilia e membro da FEBRAPSI-IPA-London.
(Texto recebido por email)



Ensinamento de Caboclo

Na noite do dia 31 de Dezembro, para atrair bons fluídos, tenham sobre a mesa de casa, um jarro com água e 3 rosas Brancas.


Caboclo Pena Branca


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